Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Enduro eqüestre

Silvia Kuntz
23 anos, jornalista esportiva
São Paulo - capital

Desconhecido encantador


Mais do que um esporte de disputas cegas e acirradas, mais do que regado pela ânsia de conquistar o “trono”, o enduro eqüestre é uma aventura, com sabor de desafio. Modalidade em que o triunfo não é o topo do pódium, mas a perfeita relação entre homem, cavalo e natureza.

A palavra “endurance” – do Francês - significa resistência, exatamente o que diferencia o Enduro das outras modalidades eqüestres. Nessas provas, os competidores percorrem uma trilha natural definida e demarcada por faixas e sinais, ou desenhada e distribuída aos concorrentes, variando de 30 a 160 Km. E tudo deve ser feito dentro de um limite de tempo, caso contrário, o participante é desclassificado.


Durante o percurso, em postos instalados pelo trajeto, realizam-se paradas obrigatórias para controle veterinário, mais conhecidos pelos enduristas como “vet-checks”: o cavalo pode ser eliminado durante a prova, caso sua condição física seja julgada insatisfatória, já que se preza muito pela saúde do animal.

No decorrer da prova, não é permitida a troca de cavalo ou cavaleiro -diferente de outros esportes-, o que torna mais intensa essa afabilidade entre o conjunto. Além disso, a premiação não é feita apenas para os cavaleiros, mas também para o cavalo que melhor se desempenha durante a trajetória (o que pode ser constatado devido ao controle veterinário).Ganha a taça - "best condition” - o cavalo que apresentar as melhores condições físicas.

Outra distinção própria do enduro é o ambiente familiar que paira durante a realização dos eventos, já que não há restrições de idade para o cavaleiro. A família toda participa direta ou indiretamente, visto que cada etapa é realizada em cidades diferentes e dura um fim de semana inteiro. Além disso, os familiares que optam por não montar, podem formar parte da “equipe de apoio” ao cavalo e ao cavaleiro, tarefa indispensável para os cuidados com o cavalo, antes de ser apresentado ao “vet-check” e não menos indispensável para os enduristas, que não poderiam descansar e cuidar do animal ao mesmo tempo, durante as paradas obrigatórias.

Dentre as diversas categorias, a mais aspirada pelos participantes é a “Velocidade Livre”, uma verdadeira corrida de longa distância. O detalhe é que não se deve galopar todo momento, pois os cavalos não agüentariam e seriam, além disso, desclassificados pelo controle veterinário: um dos requisitos mais importantes é o limite de batidas cardíacas por minuto. Realmente o desafio é mais complicado do que parece... A questão fundamental é saber gerenciar, do melhor modo possível, as forças do animal.

Sintonia… antes, durante e depois!
O equilíbrio entre o cavalo e cavaleiro é condição básica para a prática do esporte. Mas não pára por aqui, o Enduro ainda requer o condicionamento físico, tanto do cavalo, quanto do cavaleiro.

A “dupla” evolui juntamente, a começar pelos treinos. Só consegue um bom desempenho no esporte, quem está sempre se preparando. O cavalo depende de um treinamento constante feito a partir de um cronograma demorado e rigorosamente obedecido. O animal passa a percorrer longas distâncias em ritmos acelerados, portanto, seu fôlego e capacidade de recuperação devem estar afinados, assim como o preparo físico do endurista, que terá de enfrentar, no mínimo, 4 horas cavalgando.

Os enduristas em geral, possuem uma paixão deslumbrante pelos cavalos e, quando questionamos a razão pela qual escolheram o enduro, respondem inevitavelmente que o principal motivo é o maior tempo de contato com o cavalo durante a competição. Alegam também, que se desenvolve um entrelaçamento amistoso mais intenso com o cavalo e compreende-se melhor suas reações.

Os cavalos de maior destaque são aqueles que possuem sangue árabe, uma vez que são mais resistentes. Contudo, não é necessário ser um “puro sangue”, destacam-se também, os “cruza-árabes” e os “anglo-árabes”. O que não descarta os animais de outras raças, pois deve haver uma avaliação individual do cavalo.

 
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