Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Comentário

Excelente as críticas dos filmes da Mostra!!!
03/11 por Eduardo Almeida, São Paulo, capital

Haicai

De ponta a ponta,
quase um metro de gato --
meu, mas que calor!
Enviado 25/10 por Marcelino Lima, 42 anos, São Paulo, capital

Vergonha

Cadê os políticos? Aonde está seu prato de comida?
Vivemos como ratos! Minha garganta berra Liberdade!!! Meus olhos querem ver paz, minha mente quer descanso!
Desse jeito como podemos dormir em paz?
Fome, miséria, roubo, estupro. Onde está meu país???
Em que lugar perdemos nossa pátria?
Enviado 03/10 por Priscila da S. Oliveira, 20 anos, São Paulo-capital

Até quando esperar?

Nos últimos meses o povo brasileiro sofreu uma das maiores decepções de sua história: as denúncias e comprovações de corrupção no governo Lula. Movidos pela esperança, quatro anos atrás elegemos o atual presidente por suas promessas de mudança, pelo histórico de seu partido em travar uma incansável luta contra a corrupção, a luta pela ética e de estarmos cansados de esperar do governo de direita uma solução que nunca chegava. Foi um tremendo engano, como prova essa “avalanche de denúncias”. Como efeito dessa decepção, muitos brasileiros se entregaram ao conformismo.
Isso é assustador, pois torna o ato de votar nada mais que uma obrigação, afinal, não vai mudar nada mesmo. Pergunte para alguém em quem ele vai votar e por quê. Posso afirmar que se a resposta não for um “vou votar nulo”, a pessoa não vai conseguir explicar o motivo que o levou à escolha do seu candidato. É triste, mas essa é a realidade da visão política atual que o povo tem.
Chegou a hora de o jovem manifestar-se. Ao invés de aceitar que somos peões nesse imenso jogo de interesses que é a política brasileira, devemos, nós mesmos, moldar o país. Chega de esperarmos a mudança. Vamos orquestrá-la! E, assim, fazer valer o significado da palavra democracia.
Enviado 20/09 por Rafael Gonçalves Dias, 18 anos, Osasco, São Paulo

Haicai

Trânsito parado --
Que inveja da libélula,
voando, e em quinta...
Enviado 12/09 por Marcelino Lima, 42 anos, São Paulo, capital

O analfabeto político

O analfabeto político é o cidadão que é avesso à política e a todo e qualquer assunto a ela vinculado. É o apolítico. Ele faz questão de afirmar que “não se envolve em política”, e que odeia a mesma. Mal sabe ele, que o apolítico é culpado por diversas mazelas sociais, tais como, desemprego, pobreza e prostituição
O apolítico diz “esses políticos são todos iguais”, ou “este país nunca irá para frente”. Mas nem só de corruptos e vigaristas configura-se a política.
O apolítico também não sabe que muitos dos governantes não querem cidadãos capazes de formular pensamentos e idéias críticas a respeito de sua sociedade, mas sim alienados, marionetes manipuláveis, que possam ser controlados.
Como a maioria da população, o apolítico costuma confundir “política” com “politicagem”. A primeira é a forma utilizada para governar, e administrar a sociedade e todas suas vertentes. A outra, por sua vez, é a arte de enganar, levar vantagem de maneira demagógica e desonesta por meio da política.
Para que um país possa desfrutar de um processo político válido, os alienados políticos têm de ser a minoria, e o restante da população deve perceber que a fuga do debate e de assuntos que envolvem política é de extrema irresponsabilidade para qualquer país. Apenas agrava uma situação que muitas vezes já é ruim.
Enviado 05/09 por Matheus Paggi, 18 anos, São Paulo, capital

A crônica do aleijadinho

Como é difícil ser deficiente físico neste país! Sofri um acidente há um mês, fraturei a perna em dois lugares e desde então dependo de uma cadeira de rodas e de uma botinha com um nome bonitinho: Robfoot.
Engraçadinho, não é?
Pode até parecer bonitinho, mas quando você depende da boa educação da população... Aí o mau humor impera! É um tal de pedir licença em rampa, elevador, lugar para sentar então, é um martírio, ninguém te dá licença. Eu fico envergonhada com a má educação das pessoas! Se elas fazem isso com duas pernas, imagine com uma, como estou! Vira um festival de quem pode mais!
Esses dias fui ao shopping Morumbi, comprar o famoso presente do Dia dos Namoridos, tive que ficar na fila para pegar o elevador! Detalhe, todos que estavam na minha frente tinham as duas pernas boas e iam descer ou subir apenas um andar! Você me entendeu leitor? Um andar!!! Por que não pegam à escada rolante meu Deus do céu? Essas são as tais pequenas coisas que me deixam entristecidas. Imagine você, que no shopping Dom Pedro, em Campinas, só tem um elevador! E estava quebrado!
É um absurdo...
A mesma coisa acontece no banheiro, ninguém percebeu que a portinha que tem uma cadeirinha é para deficientes? Então por que usam? Será que não percebem que quando a pessoa vai ao banheiro é porque está realmente com vontade, e que até se ajeitar para se levantar da cadeira e se sentar no vaso pode não dar tempo? Pois é, é o cúmulo, não?
Ir ao ortopedista é outro problema, para adentrar a clínica o que se vê? Degrau!!! Nesta vida os degraus estão por toda parte! Degraus, degraus, degraus, tudo que me rodeia são degraus!!! Imagine que tenho que pular como saci para fazer fisioterapia, porque o bendito degrau da entrada me atormenta!
Juro para você leitor, eu não queria depender deste veículo para sempre, você se sente muito só na humanidade, ninguém tem respeito pelo próximo, as pessoas te olham como se você fosse um E.T., e ainda se acham no direito de reclamar se você pede para passar na frente de uma fila de elevador ou da rampa, feita especialmente para nós que precisamos.
Além do mais, o próprio governo acha que você não pode se divertir. Sair de casa é impossível, nas calçadas das ruas não há rampa, isso quando se tem calçada e com piso acessível, no cinema só tem degrau (pelo menos para se alcançar os melhores lugares), os balcões de fast food são altíssimos, metrô e ônibus, impossível! E a droga da porta do banco apita com as muletas! Passei a maior vergonha da minha vida!
Pois é meu caro, ser aleijadinho neste país de meu Deus, tropical e bonito por natureza, não é tarefa fácil não! Aonde foi parar a boa educação? E as rampas e elevadores?

Enviado 05/09 por Maria Cristina Di Leva, 18 anos, São Paulo, capital

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