Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Cidadão: político mais humano e consciente 

Artigo enviado por Daniel Andrade
32 anos, formado em Ciências Contábeis
Brasília – DF


Eu voto desde os dezoito anos de idade. Desde que me tornei cidadão, ou seja, desde que me alistei como eleitor, tenho exercido meu direito de voto. Votei em candidatos a governador, presidente, participei de plebiscitos. Fiz o que entendia ser o meu papel enquanto cidadão. Infelizmente estava enganado.

Hoje percebo claramente que, para ser cidadão, não basta estar rigorosamente em dia com a justiça eleitoral. Não. Para ser cidadão de verdade é necessário consciência política. E consciência política, por sua vez, não se resume a conhecer bem os candidatos (embora seja crucial) para votar melhor ou, melhor dizendo, considerando a realidade brasileira, para votar no menos pior dos candidatos.

Consciência política, a meu ver, significa assumir a responsabilidade que jamais deixará de ser nossa, já que, constitucionalmente, "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente".

Uma vez que nossos representantes não fazem aquilo que deles esperamos, nos resta então, na medida do possível, o exercício direto desse poder. Mas como fazê-lo?

Bem... acredito existirem inúmeras maneiras de sermos cidadãos melhores e mais conscientes e, dentro de nossa natural limitação individual, buscar esse ideal que é o exercício pleno da cidadania.

Entre elas, sugiro quatro que considero muito importantes:

  • Vote sem jamais esquecer que damos aos nossos representantes um grande poder: o de decidir sobre questões fundamentais para o nosso bem estar atual e futuro. Nas mãos deles colocamos o poder sobre nós e sobre o nosso dinheiro para que, com ele, nos proporcionem mais saúde, melhor educação, maior segurança, lazer, trabalho, etc. Votar mal ou de maneira inconseqüente nos custa muito caro, em todos os sentidos. Infelizmente temos comprovado isso reiteradamente;
  • Seja você comprometido com a moral e os bons costumes. Moral e bons costumes? Sim. Isso mesmo. Moral e bons costumes. O que estou querendo dizer com isso? É simples. Quem dá a mão a pessoas ou a políticos egoístas, hipócritas, ladrões e corruptos, a sanguessugas assassinos (roubar dinheiro da saúde é roubar vidas), mostra ser tão mal caráter e egoísta quanto aqueles a quem está dando a mão. É necessário saber se preservar desse mal. Queira e saiba ser diferente. Procure sempre ser uma pessoa melhor, mais digna. Seja especial e acredite: você jamais estará só!
  • Se tiver o privilégio de estar trabalhando, trabalhe, mas trabalhe com amor. Se você é servidor público, seja o melhor servidor público que puder. Se você é empresário ou empregado, seja o melhor empresário ou o melhor empregado que puder. Um grande país só se faz com muito trabalho.
  • Cultive-se sempre, estude muito, aprenda tudo o que estiver a seu alcance e, de alguma forma, procure usar seu conhecimento e sua profissão a serviço do bem comum. Uma grande nação só se faz com muita educação e boa vontade.
Resumindo, para finalizar, diria o seguinte: para ser verdadeiramente um cidadão é também necessário saber ser político. Para ser verdadeiramente político e exercer uma política verdadeira, mais do que consciência política, são necessários consciência e valores humanitários. Sejamos então, todos e cada um de nós, bons políticos pois, de maus políticos, este país já está saturado.
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