Outubro de 2007 - Nº 07    ISSN 1982-7733
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O Conto da Ilha Desconhecida de José Saramago no Teatro Fábrica -SP


O Conto da Ilha Desconhecida (José Saramago) é uma opção de lazer cultural para as tardes de fim de semana. Em cartaz até 25 de novembro.

 

Foto: Divulgação

O Conto da Ilha Desconhecida  é uma delicada parábola sobre a necessidade humana de dar sentido à vida através da realização dos sonhos pessoais, por mais distantes ou impossíveis que pareçam.

Um homem vai pedir ao rei um barco para ir em busca da Ilha Desconhecida, apesar de que “ilhas por conhecer é coisa que se acabou desde há muito tempo”.A “ilha desconhecida” é a idéia de um espaço-tempo distante, que abriga e acalenta os nossos desejos, representa a vitória da imaginação e da criatividade humanas sobre a banalidade e a resignação das verdades estabelecidas.

A encenação da Cia Pé na Porta, opta, a cada momento, pela simplicidade de recursos, valorizando o jogo cênico proposto pelos atores-narradores. A única interferência dramatúrgica da encenação é a inclusão de cenas musicais, com canções extraídas do repertório de Lenine e dos Secos & Molhados, executadas ao vivo. Além disso, a opção pela transposição direta do texto literário para o palco faz com que um dos mais notáveis elementos da peça seja a interatividade entre os atores, que se torna mais aguçada à medida que estes trocam de personagens ou fundem-se em outros, dando dinâmica única ao texto narrado.

Para sugerir e enfatizar ambientes e situações, os atores se valem apenas da imaginação da platéia, aguçada pela narrativa, e da manipulação de pequenos objetos simbólicos, que dependendo do contexto, podem se transformar em janelas, cetros ou mesmo, caravelas.

Canções:
Olho de peixe Lenine
O patrão nosso de cada dia João Ricardo
El Rey Gerson Conrad / João Ricardo
Amor João Apolinário / João Ricardo
Rondó do Capitão João Ricardo / Manoel Bandeira
Gandaia das Ondas Lenine
Pedra e Areia Lenine e Bráulio Tavares
O último por do sol Lula Queiroga / Lenine
Primavera nos dentes João Apolinário / João Ricardo

O Conto da Ilha Desconhecida

Texto: José Saramago
Direção: Paulo Marcos
Cia. Pé na Porta
Até 25 de novembro

Sábado às 17h e domingo às 16h
Ingressos: 10,00
Duração: 60 min
Indicação: a partir dos 10 anos


Teatro Fábrica São Paulo - Sala 1
134 lugares
Acesso a pessoas com necessidades especiais

Rua da Consolação 1623
Estacionamento conveniado R$8,00
(Rua Pedro Taques, 54 - todos os dias e Rua da Consolação, 1.681 - exceto aos domingos).

Reservas pelo site www.fabricasaopaulo.com.br
informações: Tel.: 3255-5922

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VOCÊ SABIA?

Quem foi Gil Vicente?

 

Muito do que se sabe a respeito de Gil Vicente é suposição, devido à falta de registro histórico confiável. Ele nasceu em Portugal, não se sabe exatamente em que cidade, entre os anos de 1465 e 1470 e morreu entre 1536 e 1540. O mais certo é que ele tenha sido ourives e essa função lhe permitiu acesso à Corte.

Em 1502 por ocasião do nascimento do rei D. João III Gil Vicente apresentou na Câmara Real uma peça de sua autoria chamada “O Auto da Visitação” ou “Monólogo do Vaqueiro”. A rainha D. Leonor ficou tão satisfeita com sua performance que o convidou a escrever outras peças em ocasiões festivas. Tem-se essa data como início do Teatro Português, embora vale lembrar que o teatro popular (farsas, momos, pantomimas) e o teatro medieval de caráter religioso (moralidades, mistérios) nunca deixaram de existir apesar da ausência de documentação escrita.

  Gil Vicente foi um observador dessa sociedade da época, criticando-a em suas peças. Seus personagens representam tipos (o velho, a alcoviteira, o fidalgo, o pastor) ou alegorias (a virtude, a morte, o bem, o mal). Ele classificava suas peças em comédias, farsas e moralidades, embora muitas classificações posteriores sejam diferentes, incluindo uma feita pelo seu filho Luis Vicente. Após a morte de Gil Vicente, ele publicou todas as obras do pai numa edição chamada “Compilaçaum de todalas obras de Gil Vicente”, que já teria alterado muito do original das obras.

 

  É provável que Gil Vicente tenha escrito mais de 44 peças, das quais muitas se perderam. As mais conhecidas são o Auto da Índia, O velho da Horta, o Auto da Barca do Inferno, a Farsa de Inês Pereira e o Auto da Lusitânia, na ordem cronológica em que foram escritas.

  Por esse pioneirismo na arte dramática, maestria com que escrevia seus textos e pela análise crítica que fez da sociedade da época, Gil Vicente é considerado “o Pai do Teatro Português” e suas obras são tão atuais que são montadas até hoje.

 

Adriana Lobo, aluna do Teatro - Escola Célia Helena,. São Paulo -  capital

 
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