Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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DVD -Quanto Mais Quente Melhor
Direção: Billy Wilder , 1959

Este filme de Billy Wilder é visto por muitos críticos como a melhor comédia americana de todos os tempos. Produzido em 1959, Quanto Mais Quente Melhor traz Toni Curtis e Jack Lemmon nos papéis de Joe e Jerry, respectivamente, dois músicos de jazz de Chicago que, durante a Depressão (1929), testemunham acidentalmente uma execução em massa cometida por gângsters, que monopolizavam o comércio de bebida clandestina quando a Lei Seca estava em voga. Obrigados a fugir dos assassinos, eles se vestem de mulher e passam a fazer parte de uma banda feminina como Daphne (Lemmon) e Josephine (Curtis).

Marilyn Monroe, no auge da sua carreira e responsável pelas maiores bilheterias da FOX na época, rouba a cena como Sugar Kane, uma das integrantes do grupo por quem Joe/ Josephine se apaixona. É por esse filme e por O Pecado Mora ao Lado que a atriz mais costuma ser lembrada tanto pela beleza estonteante quanto pela sensualidade da qual, sabiamente, parece não se dar conta, mesmo fazendo os homens caírem apaixonados aos seus pés.

Quanto Mais Quente... é um filme sobre sexo, porém essa temática é dissimulada com os assassinatos do início e do final. O enredo segue as regras das comédias de besteirol. Os diálogos jocosos e ácidos, escritos por Wilder em parceria com I. A. L. Diamond, é que impressionam e diferenciam a produção das comédias tão apreciadas atualmente. O roteiro de Wilder e Diamond consegue intercalar sofisticação e vulgaridade sem sacrificar as altas doses de humor.

A opção por filmar em preto e branco permitiu um melhor aproveitamento dos aparatos de iluminação. O diretor trabalha muito com o escuro; a claridade é mínima, mas é o que determina a ambientação do filme.

Diversas lendas rondam essas filmagens, sobretudo no que diz respeito às extravagâncias e neuroses de Marilyn nos bastidores. Curtis dizia que beijá-la era como beijar Hitler. Além disso, outro empecilho era a enorme dificuldade que a atriz tinha em decorar suas falas. Para se lembrar, por exemplo, de “Cadê o meu Bourbon?” foram necessários alguns malabarismos, como colocar a frase em gavetas para que Marilyn pudesse espiar. E, ainda assim, ela aparece absolutamente espontânea na cena.

Marilyn era garantia de sucesso e, por isso, há uma exploração intensa de sua sexualidade. Considerada péssima atriz por boa parte dos críticos, em Quanto Mais Quente... ela se mostra segura na sua função de chamariz principal do filme, embora estivesse passando por sérios problemas pessoais que culminariam com sua morte em 1962.    

 

Cremilda Aguiar, 19 anos, 3° jornalismo Mackenzie
São Paulo - capital

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