Gabriel Nisenbaum
23 anos, jornalismo FIAM
São Paulo - SP
Educação foi o assunto escolhido para ser debatido entre os candidatos a prefeitura de São Paulo no SESC Consolação, dia 9 de setembro. Porém, esse debate tem um diferencial, ele foi organizado pelo Movimento Nossa São Paulo, que tem como iniciativa recuperar na sociedade os valores do desenvolvimento, da ética e da democracia participativa.
De todos os candidatos convocados, somente aqueles que estão em baixa nas pesquisas estiveram de corpo presente: Soninha (PPS), Ivan Valente (PSOL), Edmilson Costa (PCB) e Renato Reichman (PMN). Os badalados Geraldo Alckimin (PSDB), Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) mandaram representantes. Paulo Renato, ex-ministro do ministério da educação representou os tucanos, o Secretário Alexandre Schneider estava no lugar de Gilberto Kassab e Maria Aparecida Peres no de Marta Suplicy.
O mediador foi o jornalista Florestan Fernandes Junior que iniciou o debate com o tema: Continuidade do plano municipal de educação e a garantia da cobertura de vagas.
O primeiro a ter a palavra foi o candidato da coligação alternativa de esquerda para São Paulo (PSOL-PSTU), Ivan Valente. O discurso foi focado em explicar que o plano nacional de educação deveria investir 10% sobre o PIB, mas, pelos vetos dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula, o plano não saiu do papel, nem sequer os 7% que foi consenso na Câmara na época. "O Plano Nacional de Educação, hoje, sem os recursos, é um não-plano, não se viabiliza por mais que o diagnóstico seja correto" enfatizou o candidato.
A próxima a debater o tema foi a candidata Soninha. Desta vez, os pontos abordados foram: o dilema de vagas na escola; aumentar o tempo em sala de aula por classe aumentando o número de alunos, ou diminuir o tempo com uma classe reduzida. Segundo a opinião da candidata, mesmo que o número de aulas fosse reduzido, com uma classe menor a eficiência das atividades seria melhor. Outro ponto abordado por Soninha foi que, apesar de ser obrigação do município dar a estrutura básica a cada escola, é importante também analisar os problemas de cada uma especificamente. "As condições de uma escola na Vila Brasilândia são completamente diferentes do que uma no Butantã", enfatiza ela.
O terceiro a participar foi Edmilson Costa, o candidato do Partido Comunista Brasileiro. No ponto de vista dele, o salário indigno e o pouco tempo que o professor tem para se atualizar são dois pontos chaves que culminam na má qualidade de ensino. "O professor teria que ganhar um salário decente e não precisar trabalhar em quatro lugares diferentes, assim, ele teria uma vida digna e poderia ter tempo para ler um livro e se atualizar", afirma.
Maria Aparecida Peres, representando a candidata do PT, Marta Suplicy, explicou que, mais importante que ter um plano de educação municipal é também que a evolução feita por uma gestão não termine quando começar a outra.
O candidato do Partido da Mobilização Nacional, Renato Reichman, demonstrou uma visão totalmente diferente dos outros presentes, quando diz: "Para mim a educação começa nove meses antes, com o pré-natal; com a criança nascendo saudável já temos um ponto de partida excelente".
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