Comentário:Juliana
Betti
29 anos, atriz, cantora e produtora, formada em
Geografia e Meio Ambiente PUC-RJ
Rio de Janeiro - RJ

Juliana Betti
e Wladimir Pinheiro - Foto Divulgação
Com
adaptação de Maria Helena Martinez Corrêa,
que desejava montar o texto desdea
morte do seu irmão, o diretor teatral Luiz Antônio
Martinez Corrêa, o espetáculo A CANÇÃO
BRASILEIRA marca a estréia de Paulo Betti na direção
de musicais. O projeto reúne 14 atores, entre eles
Juliana e Mariana Betti, filhas de Paulo, e o ator Erom
Cordeiro, além de três músicos. A peça
faz seis apresentações no Teatro do SESC SANTANA,
depois de temporada de sucesso no Rio, em 2005.
Quando
foi assassinado, em 1987, a carreira de Luiz Antônio
Martinez Corrêa como diretor de musicais estava em
plena ascensão. O diretor tinha acabado de dirigir
a peça Theatro Musical Brazileiro, ao lado de Marshall
Netherland. A dupla já tinha planos para a montagem
da opereta A CANÇÂO BRASILEIRA. "A contribuição
de Luiz Antônio para o teatro musical brasileiro é
de extrema importância. Se hoje temos esta qualidade
de espetáculos, ele é um dos grandes responsáveis.
Esse espetáculo é uma forma de homenageá-lo
e relembrar seu trabalho", comenta Paulo Betti.
A
primeira montagem de A CANÇÃO BRASILEIRA aconteceu
em 1933, época em que o samba começava a ser
mais aceito pela sociedade. Escrito por Luis Iglesias e
Miguel Santos, com composições de Henrique
Vogeler (autor do primeiro samba-canção, Ai,
Iô-Iô), essa primeira versão fez grande
sucesso e teve mais de 500 apresentações,
um marco para a época.
Tendo
como mola propulsora o seqüestro da recém-nascida
Canção Brasileira, levada para um morro, os
autores propõem um divertido inventário das
influências que a "criança" sofreu
em seu contato com o Samba, o Tango e o Charleston, entre
outros ritmos e instrumentos, todos materializados por atores.
Maria Helena diz que sempre gostou do fato dos personagens
serem uma humanização de ritmos e instrumentos
musicais: “Este é um texto muito divertido.
É engraçado como os autores souberam transformar
música em gente. Um dos meus personagens prediletos
é o Tango, com aquele jeito canastrão, com
pitadas de cafajeste. Precisei fazer apenas algumas alterações,
como trazer a linguagem para os dias de hoje, modernizando-a”.
Comentário
de Juliana Betti
"Eu conheci o Theatro Musical Brasileiro de
Luis Antonio Martinez Correa com 12 anos de idade. Meu pai
nos levava pois estava em cartaz no teatro ao lado com uma
espécie de musical também O Amigo da Onça.
Nesta época ele me contou a história
da peça que estamos fazendo e esta história
ficou na minha cabeça. No ano passado , eu estava
em cartaz com um musical baseado na obra de Jackson do Pandeiro,
dirigido por João Falcão e não sei
porquê, me lembrei da história da Canção.
Ele reuniu uma equipe de primeira, atores, produtores, figurino,
não dá pra citar todo mundo ....
Agora estrearemos em Sampa, espero que vocês se divirtam
tanto quanto nós estamos amando fazer este espetáculo."
Sobre
o espetáculo, Juliana conta que o enredo é
uma fábula que mostra o nascimento da canção
brasileira. "É uma história de amor que
gerou o samba-canção."
TEATRO
DO SESC SANTANA – Av. Luiz Dumont Villares, 579 –
Santana. Fone: (11) 6971-8700.
De 19 a 28 de maio, sextas e sábados, às 21
horas e domingos, às 19 horas. Ingressos - R$ 10,00;
R$ 8,00 (usuário matriculado), 5,00 (estudantes e
idosos) e R$ 4,00 (trabalhador no comércio e serviços
matriculado e dependentes). Censura – 12 anos.
Bilheteria – Em todas as unidades do SESC, de terça
a sexta-feira das 13 às 21 horas e sábados,
domingos e feriados das 9 às 17 horas. www.sescsp.org.br
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