A terceira edição oficial dos Jogos Parapan-americanos Rio 2007 aconteceu entre os dias 11 e 19 de agosto. O surfista especial Robson Jerônimo de Souza mais o skatista Og de Souza, juntamente com o Grupo Embaixadores da Alegria, fizeram parte da festa de abertura, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, ao lado dos artistas Herbert Vianna e Marcos Frota. Esses dois esportistas mostram que, de maneira diferente, estão incentivando o esporte e o exercício da cidadania.
Robson Jerônimo de Souza, mais conhecido como Careca, recebeu o convite da organização do evento para participar da Abertura dos Jogos pela razão dele ser o responsável pela ONG Surf Especial com o Projeto "Mão na Borda". Este, visa à inclusão social do portador de necessidades especiais ao mundo do esporte, de estar em contato com a natureza e o mar.
Robson conta um pouco de sua história
Chamo-me Robson, tenho 36 anos e era surfista profissional. Viajava em buscas de ondas perfeitas, conhecendo etnias e culturas diferentes. De cada lugar que passei, trabalhava na área esportiva voltada a eventos e era empresário de atletas. Sendo produtor de eventos realizava alguns eventos, preservando sempre o meio ambiente.
Mesmo após ter sofrido um acidente automobilístico - Colisão frontal - a 9 anos, voltando de uma sessão de surf no litoral norte de Ubatuba, colisão frontal, perdi os movimentos inferiores tendo uma fratura e luxação cervical C6-C7, me deambulo em cadeiras de rodas. Eu a utilizo como equipamento e acessório para ser mais rápido nos meus afazeres. [Brinco que vivo correndo sentado] rsrs.
Mesmo após o trauma, dando a volta por cima, consegui reverter esse quadro de piedade e negativismo em energias boas e positivas e através do esporte eu encontro alegria, bem-estar e amor ao próximo, com garra, determinação, coragem, amor, perseverança, entendimento, superação e fé.
Com muita vontade de voltar ao mar, ao surf e à remada senti a necessidade de voltar a surfar, entrar no mar outra vez, seja deitado ou nadando.
Procurei uma piscina onde comecei a fazer meus treinos de reabilitação, natação, equilíbrio e coragem. Voltei ao mar para sentir a vibração das ondas. Comecei a fazer treinos de natação e aos poucos vi que precisa voltar a surfar, deslizar sobre as ondas e procurando esse tipo de serviço adaptado não encontrei ninguém especializado nesse assunto de inclusão, surf adaptado para cadeirantes ou algum tipo de limitação no mar.
Então no ano de 2000 resolvi dar início a um projeto chamado Surf Especial e Mão na Borda, surf e remadas oceânicas adaptada em pranchas para portadores de necessidades especiais, educadores, familiares, amigos e simpatizantes.
Fiz as pranchas, adaptei as mesmas com muita calma e dedicação. Esse trabalho é feito no litoral norte, precisamente, Praia da Baleia, a 160 km de São Paulo na piscina onde o trabalho e feito com acompanhamento de profissionais.
Senti a necessidade de fundar uma ONG, uma associação surf especial, esporte adaptado para portadores de necessidades especiais para fazer inclusão de pessoas que queiram participar, que gostem do mar e do esporte em contato com a natureza, enfim, inclusão social. Um trabalho feito com amor dedicação e muita batalha.
Somos 25 milhões de brasileiros.
Abordo também nas viagens que faço pelo Brasil com o projeto Turismo Adaptado informações da importância da acessibilidade da adaptação da inclusão, sensibilizando a indústria do Turismo, Esporte, Lazer e Cultura e todos os setores que se identificam com esse potencial a se adaptar e incluir, ministrando cursos e palestras acreditando e apoiando esse potencial, levando informações a pessoas interessadas no assunto.
Para saber mais visite o site www.surfespecial.com.br o site www.google.com.br digite Robson careca e veja matérias ou site da www.famaassessoria.com.br digite meu nome .
Robson de Souza
Surfista especial superando limites
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