Obras inéditas para o público e acervo do MAC Niterói são o centro da exposição Arte e Ousadia - o Brasil na Coleção Sattamini, que reúne 90 obras de alguns dos principais artistas brasileiros do século 20. A mostra traz Lygia Clark, Hélio Oiticica, Antônio Dias, Iberê Camargo e obras abstratas de Alfredo Volpi raramente vistas. A exposição fica até 28 de outubro no Masp. e depois segue com reproduções para o interior paulista.
Noventa das principais peças do acervo do carioca João Sattamini, um dos principais colecionadores do país, desembarcam em São Paulo para oferecer aos visitantes do Masp um panorama do melhor da produção brasileira da segunda metade do século 20. Arte e Ousadia - o Brasil na Coleção Sattamini, exposição viabilizada pela Comgás, marca os 135 anos da empresa e traz pela primeira vez aos paulistas parte do rico acervo do MAC Niterói, o belo museu à beira-mar projetado por Oscar Niemeyer.
Iberê Camargo. Foto: Divulgação
Dividida em cinco grandes eixos, que representam as tendências artísticas das últimas décadas, a exposição pretende mostrar como a arte refletia a história do Brasil dos anos 50 aos dias de hoje. Sob curadoria múltipla de Leonel Kaz, Luiz Camilo Osório e Luiz Guilherme Vergara, a mostra no Masp surpreende os paulistas pelo volume e importância do acervo, formado por obras de alguns dos mais destacados representantes da história recente das artes plásticas no país.
Síntese da arte brasileira na década de 50, as obras do grupo formado por Lygia Clark, Hélio Oiticica e Aloísio Carvão, entre outros, abrem cronologicamente a exposição. A década de 60 estará representada por obras de Antonio Dias. Para o período seguinte, conta-se com a obra, de forte influência de motivos urbanos, de Raimundo Collares. A última etapa do percurso proposto pela mostra é composta por obras de Iberê Camargo (década de 80) e Jorge Guinle (anos 90).
A idéia é criar um notável efeito plástico de repetição de formas, cores e tendências dentro do espaço do Masp. As obras destes renomados artistas serão pano de fundo para se mostrar também, por meio de imagens fotográficas, filmes, depoimentos, o período histórico em que estão inseridas, aprofundando a notável inter-relação que existe entre a criação artística e a vida cotidiana das últimas cinco décadas no Brasil.
A exposição no Masp não propõe um percurso obrigatório. Ao contrário, as salas se intercomunicam, de modo que cada visitante possa estabelecer a opção que mais apetecer, explorando seu próprio caminho de descobertas e talentos no percurso da mostra. Qualquer que seja o caminho escolhido, o fechamento da exposição é feito por um “vestido”, de três metros de altura, de Eliane Duarte. Um vídeo, em multivisão, apresenta aos visitantes depoimentos do colecionador, do artista Antonio Dias, dos marchands Afonso Costa e Vitor Arruda (que ajudaram Sattamini a formar a coleção) e de Guilherme Vergara, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.
A EXPOSIÇÃO ITINERANTE: A proposta de permear a exposição com a atmosfera do período em que as obras foram produzidas.
As imagens das obras, reproduzidas com alta qualidade, devem gerar um painel contínuo acompanhado de textos explicativos mostrando os acontecimentos, assim como imagens de recortes de jornais, caricaturas, ilustrações diversas, marcas de produto que ambientem a época em que as obras foram produzidas. Estas mostras itinerantes serão montadas em praças de cidades do interior do estado de São Paulo. O material expositivo poderá ser usado em salas de aula, apoiado por material didático preparado para esta finalidade.
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Av. Paulista, 1578 – Cerqueira César – São Paulo – SP
Período: de 29 de agosto a 28 de outubro
Horário: terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta-feira até 20h.
A bilheteria fecha com uma hora de antecedência.
Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7,00 (estudante), gratuito para menores de 10 anos e maiores de 60 anos.
Informações ao público: 11 3251 5644
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