|
|
|
|
Espetáculo
– Dr. Hamburguer PhD
Direção:Alzira
Andrade
|
PhDs da Gargalhada
Embora especialmente direcionada para empreendedores, líderes,
gerentes e funcionários de uma maneira geral, a comédia
empresarial Dr. Hambúrguer PhD, de Alzira
Andrade e Mauro Henrique Toledo, é, sem dúvida
nenhuma, além de uma grande oportunidade de diversão
para todas as pessoas que não se encaixem propriamente
nesse público-alvo, uma extraordinária chance
que se tem de, através do riso, perceber as grandes
contradições que permeiam a relação
do ser humano de uma maneira geral.
Criada primordialmente para “refletir e ajudar
a aprimorar competências em gestão de pessoas,
liderança, comunicação em equipe, inteligência
emocional e social”, dentre outros aspectos,
a peça consegue ir além. Ressalta, de forma
dinâmica e bem-humorada, a importância da ética,
do diálogo, do respeito e da possibilidade de um
trabalho em equipe otimizado ao máximo, valores esses
de que o Homem, em sua grande maioria, anda carecendo para
a vida e para seu melhor convívio no planeta em tempos
de modernidade em que a lógica do capital é
que orienta a relação de todos.
Tudo se inicia quando, enfrentando uma queda de lucratividade
e conflitos entre funcionários, o líder Dr.
Severo Rego recebe a notícia de que a diretoria geral
enviará um consultor que possa avaliar a habilidade
de sua gestão e a qualidade de relacionamento de
sua equipe. Daí se desenrola todo o enredo que diverte
ao mesmo tempo em que provoca a reflexão, num texto
atual e, cada dia mais útil para a sociedade em que
se vive.
Mauro Toledo e Alzira Andrade são empresários,
além de atores, instrutores e consultores de comunicação
da prática Business Evolution (teatro para
executivos) e puderam desenvolver nesse trabalho, um questionamento
sobre os valores que andavam se evidenciando numa empresa,
na qual o objetivo de ascensão, por exemplo, se sobrepuja
a quaisquer que sejam os meios necessários para atingi-lo.
A inveja de colegas, a falta de escrúpulos, a busca
pela promoção e o jogo de interesses, são
apenas algumas das situações vividas pelos
ótimos atores que, levadas ao extremo, dão
o tom de como pode ser tragicômica a realidade de
um grupo de pessoas como aquele. Ao final do espetáculo,
só quem lucra é a platéia com tanta
qualidade e conteúdo.
FICHA TÉCNICA
Autores - Mauro Henrique Toledo / Alzira Andrade
Direção - Alzira Andrade
Consultoria de Interpretação - Denise Del
Vecchio
Sonoplastia - Mauai
Atores - André Castelani / Alessandra Marques / Marco
Barreto / Thais Barreiros / Tete Louise / Mauro Henrique
Toledo
LOCAL: Espaço Cultural Juca Chaves -Teatro Extra Itaim Rua João Cachoeira, 899
DATA:30
de novembro
Thiago
Sogayar Bechara
Veja também...
|
|
|
|
|
Anton
Tchekhov
“Desprezo a preguiça, assim como desprezo a fraqueza
e a apatia dos movimentos da alma. Para viver bem, como um homem
digno desse nome, é preciso trabalhar, trabalhar com amor,
com fé”.
Tchekhov
foi o pioneiro da literatura do teatro realista. No começo
foi muito criticado e pensou até em desistir de tudo e voltar
a ser médico, mas resolveu dar mais uma chance a ele mesmo
e autorizou a produção da sua peça “A
Gaivota” para o Teatro Artístico de Moscou (fundado
por Stanislavski, ator, e Dantchenko, autor).
“A
Gaivota” se tornou um ícone para todos que se interessam
por teatro e foi com ela que Stanislavski conseguiu dar
início a sua técnica de teatro, que até hoje
é a técnica mais conhecida e usada no mundo inteiro.
“Anton
Pavlovitch Tchekhov sentou-se na cama e de maneira significativa
disse em voz alta e em alemão: “Ich sterbe” -
Estou morrendo. Depois, segurou o copo, voltou-se para mim, sorria
com o seu maravilhoso sorriso e disse: “Faz tempo que eu não
bebo champanhe”. Bebeu o seu copo tranqüilamente todo
o copo, estendeu-se em silêncio e, alguns instantes depois,
calou-se para sempre. E a pavorosa calma da noite foi apenas alterada
por uma enorme borboleta noturna, que entrou pela janela e voou
, atordoada, pelo quarto, em torno das lâmpadas acesas. O
médico retirou-se. No silêncio da noite, com um estampido
terrível, a rolha da garrafa interminada saltou. Começou
a clarear, com a natureza a despertar, um primeiro réquiem:
os doces e formosos cantos das aves e os acordes do órgão
da igreja próxima. Nem uma voz humana, nada do cotidiano
da vida, somente a calma e a grandeza da morte”.
Olga
Knipper, atriz e mulher de Anton Tchekhov
.
Quem
comenta esse pensamento é Jussane Cristine Pavan, 18 anos
- São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia
Helena.
|
|
|
|
|