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Guimarães Rosa
“Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus, mesmo, se vier, que venha armado” (Grande Sertão: Veredas, 1956).
Trechos selecionados da obra de Guimarães Rosa
“Grande Sertão: Veredas” (1956)
- O sertão está em toda parte,
- Arre, ele [o diabo] está misturado em tudo.
- Viver é negócio muito perigoso.
- Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo mundo... Eu quase nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.
- Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus, mesmo, se vier, que venha armado.
- Perto de muita água tudo é feliz.
- Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte que o poder do lugar. Viver é muito perigoso.
- Eu me lembro das coisas antes delas acontecerem.
- Toda saudade é uma espécie de velhice.
- O sertão é do tamanho do mundo.
- Sertanejos, mire veja: o sertão é uma espera enorme.
- Mas, por entre árvores, se podia ver um carro-de-boi parado, os bois que mastigavam com escassa baba, indicando vinda de grandes distâncias.
- E o burizital: de todas as alturas e de todas as idades, famílias inteiras muito unidas: buritis velhuscos, de palmas contorcionadas, buritis-senhoras, e , tocando ventarolas, buritis meninos.
- Tu está vendo o tamanho do mundo, Guirigó? Que é que tu acha de maior boniteza.
- Lugar sertão se divulga: é onde pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de Morador.
- Que povo, o desse baixio, dum sertão das brenhas.
Thiago
Sogayar Bechara