Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Leões e Cordeiros

 

por Cremilda Aguiar

Tom Cruise, Meryl Streep e Robert Redford – que também assina a direção – estão juntos em Leões e Cordeiros. O filme trata da tão controversa guerra do Iraque por meio de três faces do conflito: a relação entre uma jornalista (Streep) e um senador republicano (Cruise); um professor universitário (Redford) tentando convencer um aluno da importância do engajamento; e dois soldados americanos atuando nas frentes de combate no Iraque.    

        

As três grandes estrelas hollywoodianas exibem atuações impecáveis, mas o filme, nada otimista, peca pelo excesso de didatismo. O roteiro, assinado por Matthew Michael Carnahan, não tem muita ação e a quase totalidade das cenas é rodada em cenários fechados: escritórios do político Jasper Irving e do professor Stephen Malley. Contudo, o filme, de uma hora e 28 minutos, não parece cansativo, e até faz pensar que o tom professoral é realmente necessário, haja vista a inércia que tomou conta da população americana em relação a esta guerra que já dura seis anos.

Tom Cruise vive o senador republicano Jasper Irving, que convida a jornalista Janine Roth, sua antiga admiradora, para dar uma entrevista sobre os novos rumos tomados pela guerra. Os diálogos entre os personagens são ótimos revelando todas as contradições envolvendo imprensa e governo em torno dos conflitos no Iraque.

Várias questões são levantadas e, em certo momento, Jasper Irving interpela Janine Roth de forma contundente: vocês nos ajudaram a vender a guerra; agora nos ajudem a vender a solução. Ainda que a jornalista tenha consciência de que os conflitos já foram longe demais, não pode se isentar da responsabilidade de ter corroborado para convencer a opinião pública da necessidade de retaliação após os ataques terroristas de 11 de setembro.

Mesmo pessimista, Leões e Cordeiros consegue falar, com coragem, sobre a apatia política do povo americano, que, cada vez mais, se distancia de seus representantes e parece estar alheio a toda barbárie cometida em nome de uma ideologia desprovida de bases e, atualmente, também de direção.   

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VOCÊ SABIA?

CURIOSIDADES SOBRE O OSCAR

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi fundada em 11 de janeiro de 1927, quando 36 pessoas se reuniram no Ambassador Hotel, em Los Angeles, para formar a primeira organização do mundo dedicada exclusivamente a filmes.

Diz a lenda que o prêmio foi batizado de Oscar quando uma funcionária da Academia viu a estatueta e disse que ele se parecia muito com um tio dela, chamado Oscar. O apelido foi oficialmente usado a partir de 1939.

Durante a Segunda Guerra Mundial, as estatuetas do Oscar foram feitas em gesso, devido à escassez de metal na época. Após o fim do conflito, os ganhadores puderam trocá-las pela versão mais nobre, em ouro.

Vale observar que o troféu representa um cavaleiro apoiado numa espada. A figura está de pé sobre um rolo de filme, que apresenta cinco degraus – cada um deles simboliza uma das cinco categorias originais da Academia (atores, diretores, produtores, técnicos e escritores).

A primeira transmissão da festa de entrega dos prêmios da Academia pela TV ocorreu em 1953.

O Brasil concorreu ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira 4 vezes: em 1962, com O Pagador de Promessas, em 1996, com O Quatrilho, em 1997, com O Que É Isso, Companheiro?, em 1998, com Central do Brasil, Cidade de Deus, muito premiado, não chegou a concorrer.

Os recordistas de Oscar: Ben-Hur, Titanic, SDA: O Retorno do Rei (11), Amor, Sublime Amor,..., E o Vento Levou (2 especiais) (10), Gigi, O último Imperador e O Paciente Inglês (9).

Walt Disney foi o homem mais premiado na história da festa: recebeu 26 estatuetas.

Titanic foi o único filme a levar os quatro oscar de “som" (trilha, canção, som e edição de som).

Os Beatles foram a primeira banda pop famosa a ganhar o Oscar de canção original. Eles receberam a estatueta em 1971 pela música Let it be do filme Deixe Estar, documentário sobre o quarteto de Liverpool.

A mais jovem atriz a receber o prêmio, no caso honorário, foi a então criança Shirley Temple. Tinha 6 anos.

O comediante Bob Hope foi o mais constante anfitrião de cerimônias Oscar. Ele apresentou a festa nada menos que 18 vezes.

As atrizes mais indicadas são Katharine Hepburn e Meryl Streep: 12 vezes. O diretor William Wyler também concorreu por uma dúzia de filmes.

A Itália é o país que mais recebeu prêmios na categoria de filme estrangeiro: foram dez, contra nove da segunda colocada ( França).

Edivânia Silva, 26 anos, jornalista

 

 
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