Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Programação Reserva Cultural - SP

 

De 07 de março a 13 de março

 

De 29 de fevereiro a 31 de março, a Reserva Cultural recebe a instalação fotográfica Olhai pro céu, olhai pro chão, dos fotógrafos Vicki Harris e Paulo Vizeu. A mostra reunirá 42 imagens, em grande formato, apresentadas em suportes inusitados, como caixotes de feira e varais de quintal. A entrada é gratuita.

 

Pré-estréia

O Banheiro do Papa (El Baño del Papa) – Uruguai / Brasil / França (2005) – 97 minutos. Drama. Censura: 10 anos. Direção: César Charlone e Enrique Fernández. Com César Troncoso, Virginia Mendez, Mario Silva, Virginia Ruiz.

É 1988 e Melo, cidade uruguaia na fronteira com o Brasil, espera a visita do Papa João Paulo II. Esperam-se 50.000 peregrinos. A população inteira se mobiliza na confecção de doces, comidas, bandeirinhas de papel, souvenires, medalhas comemorativas. Aquela parece ser uma oportunidade única de se ganhar dinheiro num só dia.  O pequeno contrabandista Beto acredita que teve a idéia para o melhor negócio: construir “o banheiro do Papa”, onde milhares de peregrinos poderão se aliviar...

Saiba mais: Foi eleito o melhor longa na 31ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Conquistou 5 kikitos na última edição do Festival de Gramado (melhor filme pelo júri popular e pela crítica, melhor ator, melhor atriz e melhor roteiro). Exibido na seção "Um Certo Olhar", no Festival de Cannes (2007). O diretor César Charlone é o diretor de fotografia dos filmes de Fernando Meirelles – Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e Blindness.

 

 

Irina Palm (Irina Palm) - Bélgica / Luxemburgo / Inglaterra/ Alemanha / França (2006) – 103 minutos. Drama. Censura: a confirmar. Direção: Sam Garbarski.

Maggie (Marianne Faithfull) está com cerca de 50 anos de idade e leva uma vida tranqüila no subúrbio londrino. Ela é viúva e mãe de apenas um filho. Seu neto Ollie é diagnosticado com uma rara doença e a família não tem dinheiro para o tratamento. Desesperada, Maggie não vê outra possibilidade senão trabalhar em um clube privê chamado Sexy World. Com a ajuda de uma colega, ela logo aprende as manhas da profissão, tornando-se a sedutora Irina Palm, a estrela mais lucrativa e procurada do clube.

Saiba mais: Seleção Oficial do Festival de Berlim 2007. Do mesmo diretor de O Tango de Rashevski

 

Estréia

Angel (Angel) – França / Bélgica / Inglaterra (2006) - 120 minutos. Romance. Censura: 14 anos. Direção: François Ozon. Com Romola Garai, Charlotte Rampling, Lucy Russell, Michael Fassbender, Sam Neill.

Inglaterra, 1905. A filha de um comerciante sonha em se tornar uma escritora famosa. A precoce Angel derrama todos seus desejos românticos numa prosa florida, que acaba por chamar a atenção de um bem conceituado editor de Londres. A fama logo se manifesta. Seus livros tornam-se muito populares na sociedade inglesa do começo do século XX, um sucesso que transforma Angel numa antipática e arrogante mulher que ninguém ousa desafiar.

Saiba mais: Participou da Seleção Oficial do Festival de Berlim 2007. Adaptação de um romance homônimo da novelista inglesa Elizabeth Taylor, escrito nos anos 50. É o primeiro filme falado em inglês da carreira de François Ozon, diretor de Swimming Pool – À Beira da Piscina, Oito Mulheres, Amor em Cinco Tempos, O Tempo que Resta, entre outros. 

Em Cartaz

XXY (XXY) - Argentina / Espanha / França (2007) – 86 minutos. Drama. Censura: a confirmar. Direção: Lucía Puenzo. Com Ricardo Darín, Valeria Bertuccelli, Inés Efron, Martín Piroyansky, Germán Palácios, Carolina Pelleritti. Digital.

Alex, uma adolescente de 15 anos, carrega um pesado segredo – possui características sexuais de ambos os sexos. Pouco depois de seu nascimento, seus pais decidem sair de Buenos Aires para a costa uruguaia, numa casa perdida entre as dunas. Ali, anos mais tarde, recebem a visita de um casal de amigos, acompanhado de seu filho de 16 anos, Álvaro. O pai, especialista em cirurgia estética, aceitou o convite motivado pelo interesse clínico que tem em Alex. No entanto, nasce uma atração incontrolável entre os dois adolescentes, que os obrigará a enfrentar seus medos...

Saiba mais: Lucía Puenzo é filha de Luis Puenzo, diretor de A História Oficial (1985, Oscar de melhor filme estrangeiro em 1986, único filme latino-americano a vencer o prêmio). Prêmio de melhor filme na Semana da Crítica do Festival Internacional de Cannes 2007. Prêmio de diretor estreante (Lucía Puenzo) no Festival de Edimburgo 2007. Melhor Filme - FICBrasília 2007. Candidato argentino ao Oscar 2008 de filme estrangeiro. Vencedor do prêmio Goya 2008 por melhor filme estrangeiro em língua espanhola.

A Era da Inocência (L'Âge de Ténèbres) – Canadá (2006) – 104 minutos. Comédia. Censura: 16 anos. Direção: Denys Arcand. Com Marc Labrèche, Diane Kruger, Sylvie Léonard, Caroline Néron, Rufus Wainwright. Digital.

Em seus sonhos, Jean-Marc LeBlanc (Marc Labrèche) é um cavaleiro valente, uma estrela dos palcos, um artista que vive com mulheres a seus pés e em sua cama. Mas, na realidade, é um sujeito muito diferente. Cidadão comum, seu trabalho é ouvir pacientemente pessoas que chegam a seu departamento procurando ajuda. Em casa, sua mulher está muito ocupada para prestar atenção nele e seus filhos adolescentes não lhe dão a mínima. A tentação de seguir vivendo em sua terra de sonhos é muito grande, mas Jean-Marc decide se dar uma última chance no mundo real.

Saiba mais: Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2007. Candidato canadense ao Oscar® 2008 de melhor filme estrangeiro. Do mesmo diretor de O Declínio do Império Americano (, indicado ao Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro, em 1987) e As Invasões Bárbaras (vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro, em 2004). Rara aparição, como ator, do cantor Rufus Wainwright.

  

Persépolis (Persepolis) – França (2007) – 95 minutos. Animação PB. Censura: 12 anos. Direção: Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud. Com vozes de Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Danielle Darrieux, Simon Abkarian, Gabrielle Lopes Benites.

Teerã 1978: Marjane, de oito anos, sonha em ser uma profetisa do futuro, para assim salvar o mundo. Querida pelos pais cultos e modernos e adorada pela avó, ela acompanha avidamente os acontecimentos que conduziram à queda do xá e de seu regime brutal. A entrada da nova República Islâmica inaugura a era dos “Guardiões da Revolução”, que controlam como as pessoas devem agir e se vestir. Marjane, que agora deve usar véu, sonha em se transformar numa revolucionária. Seus pais decidem mandá-la para a Áustria, para sua própria proteção.

Saiba mais: Baseado na obra original autobiográfica de Marjane Satrapi, Persepolis. Indicado ao Oscar® 2008 de melhor animação. Levou o prêmio do Júri na última edição do Festival de Cannes, prêmio de Público na 31ª Mostra Internacional de São Paulo, no festival de Vancouver e prêmio de melhor animação entregue pelo New York Film Critics Circle e Los Angeles Film Critics.

Sangue Negro (There Will Be Blood) – EUA (2007) – 158 minutos. Drama. Censura: 14 anos. Direção: Paul Thomas Anderson. Com Daniel Day-Lewis, Paul Dano, Kevin J. O´Connor.

Épico sobre família, fé, poder e petróleo, Sangue Negro se passa na incendiária fronteira da Califórnia, na explosão petrolífera da virada do século. A história gira em torno da época e da vida de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), que se transforma de um mineiro de minas de prata derrotado e pai solteiro em um magnata do petróleo que venceu pelo próprio esforço. Plainview traz progresso e riqueza a uma terra que nunca conheceu isso, a um custo que manchará sua própria alma.

Saiba mais: Quinto filme de Paul Thomas Anderson. Os outros são Embriago de Amor, Magnólia, Boogie Nights – Prazer Sem Limites e Jogada de Risco. Baseado no romance de Upton Sinclair, “Oil”, de 1927. Daniel Day-Lewis levou o prêmio de melhor ator no Globo de Ouro 2008. O filme recebeu oito indicações ao Oscar® 2008 – melhor filme, direção, roteiro adaptado, ator, direção de arte, fotografia, montagem e montagem de som.

 Juno (Juno) – EUA (2007) – 92 minutos. Comédia/Drama. Censura: a confirmar. Direção: Jason Reitman. Com Ellen Page, Michael Cera, Olivia Thirlby, Jennifer Garner, Jason Bateman, Allison Janney, J.K. Simmons.

Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente que engravida de maneira inesperada de seu colega de classe Bleeker (Michael Cera). Com a ajuda de sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), e o apoio de seus pais, Juno conhece um casal que está disposto a adotar seu filho, que ainda nem nasceu.

Saiba mais:  Filme concorre em quatro categorias ao Oscar® 2008 – Melhor filme, diretor, atriz (Ellen Page) e roteiro original.

 

 Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men) – EUA (2007) – 122 minutos. Drama. Censura: 16 anos. Direção: Ethan Coen e Joel Coen. Com Tommy Lee Jones, Javier Bardem, Josh Brolin, Woody Harrelson.

Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém, para alcançar Moss, ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).

Saiba mais: Prêmio de melhor roteiro e melhor ator coadjuvante (Javier Bardem) no Globo de Ouro 2008.  Baseado no romance homônimo do escritor norte-americano Cormac McCarthy. É o primeiro filme dos irmãos Coen adaptado de uma obra literária.

 

 

Desejo e Reparação (Atonement) – Inglaterra (2007) – 130 minutos. Drama. Censura: 14 anos. Direção: Joe Wright. Com Keira Knightley, James McAvoy, Vanessa Redgrave, Romola Garai, Brenda Blethyn.

Em 1935, o momento político é de tensão, por conta da iminente 2ª Guerra Mundial. Em meio ao calor opressivo, Briony Talles e sua família se reúnem num fim de semana na mansão familiar. No encontro, emergem antigos ressentimentos familiares. Cinco anos antes, Briony, então aos 13 anos, usa sua imaginação de escritora principiante para acusar Robbie Turner, o filho do caseiro e amante da sua irmã mais velha Cecília, de um crime que ele não cometeu. A acusação na época destruiu o amor da irmã e alterou de forma dramática várias vidas.

Saiba mais: Baseado em livro homônimo (Atonement) do escritor inglês Ian McEwan/ ilme de abertura do Festival de Veneza 2007/ No Brasil, foi exibido na Mostra Panorama do último Festival do Rio/ Este é a segunda vez que o diretor Joe Wright e a atriz Keira Knightley trabalham juntos. A primeira foi em Orgulho e Preconceito (2005). 

Lady Chatterley (Lady Chatterley) – Bélgica / França / Inglaterra (2006) - 161 minutos. Drama. Censura: 18 anos. Direção: Pascale Ferran. Com Marina Hands, Jean-Louis Coullo'ch, Hippolyte Girardot. Digital.

Aos 23 anos, Constance Reide se casa com Clifford Chatterley, universitário de Cambridge, tenente e proprietário de uma mina. Corre o ano de 1917 e Clifford é rapidamente chamado para lutar na guerra. Quando volta do front, é um homem arrasado, condenado a passar o resto da vida numa cadeira de rodas. O jovem casal muda-se para Wragby, uma das propriedades da família Chatterley. Constance relembra a vida de solteira e se sente sozinha e isolada até conhecer Parkin, o caçador de animais da propriedade que desperta o desejo em Lady Chatterley.

Curiosidades: Adaptação do romance de D. H. Lawrence, O Amante de Lady Chatterley/ Vencedor de quatro César 2007 (o prêmio da Academia francesa) – melhor atriz (Marina Hands), melhor fotografia, melhor figurino e melhor filme/ Vencedor do prêmio de melhor atriz (Marina Hands) no Festival de Tribeca 2007/  Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial no Festival do Rio 2007 e na Perspectiva Internacional da 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

 Reserva Cultural

Endereço: Avenida Paulista, 900 (prédio da Fundação Cásper Líbero - entre as estações Brigadeiro e Trianon-Masp do metrô).

Tel.: (11) 3287-3529.

Acesso a deficientes.

Ar Condicionado.

Som Digital.

 

Preços: Inteira: R$ 18,00. Meia (Estudante): R$ 9,00

De segunda a quinta, até às 17h: R$ 13,00 / R$ 6,50 (estudante)

Quarta-feira: R$ 13,00 / R$ 6,50 (estudante)

Vendas pela internet: www.ingresso.com.br

 

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VOCÊ SABIA?

CURIOSIDADES SOBRE O OSCAR

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi fundada em 11 de janeiro de 1927, quando 36 pessoas se reuniram no Ambassador Hotel, em Los Angeles, para formar a primeira organização do mundo dedicada exclusivamente a filmes.

Diz a lenda que o prêmio foi batizado de Oscar quando uma funcionária da Academia viu a estatueta e disse que ele se parecia muito com um tio dela, chamado Oscar. O apelido foi oficialmente usado a partir de 1939.

Durante a Segunda Guerra Mundial, as estatuetas do Oscar foram feitas em gesso, devido à escassez de metal na época. Após o fim do conflito, os ganhadores puderam trocá-las pela versão mais nobre, em ouro.

Vale observar que o troféu representa um cavaleiro apoiado numa espada. A figura está de pé sobre um rolo de filme, que apresenta cinco degraus – cada um deles simboliza uma das cinco categorias originais da Academia (atores, diretores, produtores, técnicos e escritores).

A primeira transmissão da festa de entrega dos prêmios da Academia pela TV ocorreu em 1953.

O Brasil concorreu ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira 4 vezes: em 1962, com O Pagador de Promessas, em 1996, com O Quatrilho, em 1997, com O Que É Isso, Companheiro?, em 1998, com Central do Brasil, Cidade de Deus, muito premiado, não chegou a concorrer.

Os recordistas de Oscar: Ben-Hur, Titanic, SDA: O Retorno do Rei (11), Amor, Sublime Amor,..., E o Vento Levou (2 especiais) (10), Gigi, O último Imperador e O Paciente Inglês (9).

Walt Disney foi o homem mais premiado na história da festa: recebeu 26 estatuetas.

Titanic foi o único filme a levar os quatro oscar de “som" (trilha, canção, som e edição de som).

Os Beatles foram a primeira banda pop famosa a ganhar o Oscar de canção original. Eles receberam a estatueta em 1971 pela música Let it be do filme Deixe Estar, documentário sobre o quarteto de Liverpool.

A mais jovem atriz a receber o prêmio, no caso honorário, foi a então criança Shirley Temple. Tinha 6 anos.

O comediante Bob Hope foi o mais constante anfitrião de cerimônias Oscar. Ele apresentou a festa nada menos que 18 vezes.

As atrizes mais indicadas são Katharine Hepburn e Meryl Streep: 12 vezes. O diretor William Wyler também concorreu por uma dúzia de filmes.

A Itália é o país que mais recebeu prêmios na categoria de filme estrangeiro: foram dez, contra nove da segunda colocada ( França).

Edivânia Silva, 26 anos, jornalista

 

 
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