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Gota d´Água – Breviário
Direção:
Heron Coelho e Georgette Fadel
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Foto: Divulgação
Resultado de um núcleo de pesquisa dramatúrgica de textos nacionais, o grupo Breviário (composto por 10 integrantes, entre músicos e atores), formou-se no Sesc Ipiranga, no primeiro semestre de 2005, processo que resultou no projeto Em Cena: Ações!!!, ciclo de releituras que abrangeu peças de Guarnieri, Vianinha, Chico Buarque, Dias Gomes, entre outros, e contou com a participação colaborativa de atores e pesquisadores envolvidos no processo (dentre eles, o próprio Guarnieri, o poeta Ferreira Gullar, as professoras Adélia Bezerra de Menezes, Iná Camargo Costa e Maria Silvia Betti, bem como de atores como Maria Alice Vergueiro, Marília Medalha, Zezé Motta, entre outros).
Sobre a peça
Escrita em 1975, por Chico Buarque e Paulo Pontes, a peça Gota D'água transpõe a tragédia grega para a ambiência urbana carioca, deflagrando a miséria e a exploração sofrida pelos moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-dia, cujo foco central é a relação entre Joana, mulher abandonada com filhos, e Jasão, um compositor popular alçado por Creonte, proprietário da Vila. A teia da tragédia se arma sob a égide das relações opressivas entre o mais forte e o mais fraco.
Gota d’Água — Breviário, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Direção de Georgette Fadel e Heron Coelho.
Com Georgette Fadel, Cristiano Tomiossi, Alexandre Krug, Luiz Mármora, Daniela Duarte, Luciana Barros e Flávia Melman.
A partir de 09/02
Teatro Fábrica
Rua da Consolação, 1623 São Paulo, SP
Tel. 3255-5922.
Sábados e Domingos às 20h.
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Quem foi Gil Vicente?
Muito do que se sabe a respeito de Gil Vicente é suposição, devido à falta de registro histórico confiável. Ele nasceu em Portugal, não se sabe exatamente em que cidade, entre os anos de 1465 e 1470 e morreu entre 1536 e 1540. O mais certo é que ele tenha sido ourives e essa função lhe permitiu acesso à Corte.
Em 1502 por ocasião do nascimento do rei D. João III Gil Vicente apresentou na Câmara Real uma peça de sua autoria chamada “O Auto da Visitação” ou “Monólogo do Vaqueiro”. A rainha D. Leonor ficou tão satisfeita com sua performance que o convidou a escrever outras peças em ocasiões festivas. Tem-se essa data como início do Teatro Português, embora vale lembrar que o teatro popular (farsas, momos, pantomimas) e o teatro medieval de caráter religioso (moralidades, mistérios) nunca deixaram de existir apesar da ausência de documentação escrita.
Gil Vicente foi um observador dessa sociedade da época, criticando-a em suas peças. Seus personagens representam tipos (o velho, a alcoviteira, o fidalgo, o pastor) ou alegorias (a virtude, a morte, o bem, o mal). Ele classificava suas peças em comédias, farsas e moralidades, embora muitas classificações posteriores sejam diferentes, incluindo uma feita pelo seu filho Luis Vicente. Após a morte de Gil Vicente, ele publicou todas as obras do pai numa edição chamada “Compilaçaum de todalas obras de Gil Vicente”, que já teria alterado muito do original das obras.
É provável que Gil Vicente tenha escrito mais de 44 peças, das quais muitas se perderam. As mais conhecidas são o Auto da Índia, O velho da Horta, o Auto da Barca do Inferno, a Farsa de Inês Pereira e o Auto da Lusitânia, na ordem cronológica em que foram escritas.
Por esse pioneirismo na arte dramática, maestria com que escrevia seus textos e pela análise crítica que fez da sociedade da época, Gil Vicente é considerado “o Pai do Teatro Português” e suas obras são tão atuais que são montadas até hoje.
Adriana Lobo, aluna do Teatro - Escola Célia Helena,. São Paulo - capital
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