Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Bate Papo (Chatroom) no Espaço dos Satyros 2 - SP
Direção:Tuna Serzedello

BATE PAPO volta em cartaz dia 2 de março. Contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz da Funarte e com 5 indicações ao Prêmio FEMSA 2008, espetáculo cumpre nova temporada. Sucesso de público e crítica, principalmente junto aos jovens, o espetáculo inaugura no Espaço dos Satyros 2 um horário novo para o Teatro Jovem: sábados e domingos, às 19h. Até 27 de abril.

Foto:Divulgação

Descrito pela crítica Maria Lucia Candeias como “uma espécie de obra prima”, a peça, escrita pelo dramaturgo irlandês Enda Walsh para o National Theatre de Londres em 2005, conta a história de seis adolescentes em salas de bate-papo na internet.

Vagando pelas salas de bate-papo do Harry Potter e Britney Spears, os adolescentes encontram um alvo especial para exercício do cyberbullying: um adolescente deprimido. Por meio do poder das palavras tentam convencer Jim a cometer suicídio e transmiti-lo pela internet.

Biblioteca

O autor cedeu seus direitos autorais à Cia. Arthur-Arnaldo em prol da compra de livros a serem doados a uma comunidade carente. Com isso, será inaugurada em fevereiro a “Biblioteca Enda Walsh” no Espaço dos Satyros 3, junto a comunidade do Jardim Pantanal na extrema zona leste de São Paulo. Nesta nova temporada, o espectador que trouxer um livro em bom estado terá 50% de desconto no ingresso da peça, e os livros arrecadados serão encaminhados à Biblioteca Enda Walsh.

Prêmios

O prêmio FEMSA 2008 divulgou sua lista de indicações e “Bate Papo” foi indicado em cinco categorias: ator coadjuvante, ator revelação, iluminação, trilha sonora e Melhor Espetáculo. A peça também foi contemplada pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz de Teatro em 2007.

Substituições – O elenco passa a contar com o talento dos atores Carolina Ziskind, Fábio Lucindo e Gabriel Pinheiro.

Espetáculo Teatral BATE PAPO (Chatroom)

Local: Espaço dos Satyros 1 ­ Pça. Roosevelt, 124 ­

Tel: (11) 3258 6345

Data: sábados e domingos

Horário: 19h

Temporada: de 2 de março a 27 de abril (não haverá sessão do espetáculo no sábado dia 8 de março)

Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 (estudantes, classe artística e terceira idade ou para quem doar um livro em bom estado); R$ 5,00 (moradores da Praça Roosevelt)

Classificação etária: 12 anos

Autor: Enda Walsh

Tradução: Marco Aurélio Nunes

Direção: Tuna Serzedello

Elenco: Julia Novaes, Jussane Pavan, Fábio Lucindo, Gabriel Pinheiro, Carolina Ziskind e Taiguara Chagas.

Produção: Soledad Yunge

Realização: Cia. Arthur-Arnaldo da Cooperativa Paulista de Teatro

 

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VOCÊ SABIA?

Quem foi Gil Vicente?

 

Muito do que se sabe a respeito de Gil Vicente é suposição, devido à falta de registro histórico confiável. Ele nasceu em Portugal, não se sabe exatamente em que cidade, entre os anos de 1465 e 1470 e morreu entre 1536 e 1540. O mais certo é que ele tenha sido ourives e essa função lhe permitiu acesso à Corte.

Em 1502 por ocasião do nascimento do rei D. João III Gil Vicente apresentou na Câmara Real uma peça de sua autoria chamada “O Auto da Visitação” ou “Monólogo do Vaqueiro”. A rainha D. Leonor ficou tão satisfeita com sua performance que o convidou a escrever outras peças em ocasiões festivas. Tem-se essa data como início do Teatro Português, embora vale lembrar que o teatro popular (farsas, momos, pantomimas) e o teatro medieval de caráter religioso (moralidades, mistérios) nunca deixaram de existir apesar da ausência de documentação escrita.

  Gil Vicente foi um observador dessa sociedade da época, criticando-a em suas peças. Seus personagens representam tipos (o velho, a alcoviteira, o fidalgo, o pastor) ou alegorias (a virtude, a morte, o bem, o mal). Ele classificava suas peças em comédias, farsas e moralidades, embora muitas classificações posteriores sejam diferentes, incluindo uma feita pelo seu filho Luis Vicente. Após a morte de Gil Vicente, ele publicou todas as obras do pai numa edição chamada “Compilaçaum de todalas obras de Gil Vicente”, que já teria alterado muito do original das obras.

 

  É provável que Gil Vicente tenha escrito mais de 44 peças, das quais muitas se perderam. As mais conhecidas são o Auto da Índia, O velho da Horta, o Auto da Barca do Inferno, a Farsa de Inês Pereira e o Auto da Lusitânia, na ordem cronológica em que foram escritas.

  Por esse pioneirismo na arte dramática, maestria com que escrevia seus textos e pela análise crítica que fez da sociedade da época, Gil Vicente é considerado “o Pai do Teatro Português” e suas obras são tão atuais que são montadas até hoje.

 

Adriana Lobo, aluna do Teatro - Escola Célia Helena,. São Paulo -  capital

 
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