Anton
Tchekhov
“Desprezo a preguiça, assim como desprezo a fraqueza
e a apatia dos movimentos da alma. Para viver bem, como um homem
digno desse nome, é preciso trabalhar, trabalhar com amor,
com fé”.
Tchekhov
foi o pioneiro da literatura do teatro realista. No começo
foi muito criticado e pensou até em desistir de tudo e voltar
a ser médico, mas resolveu dar mais uma chance a ele mesmo
e autorizou a produção da sua peça “A
Gaivota” para o Teatro Artístico de Moscou (fundado
por Stanislavski, ator, e Dantchenko, autor).
“A
Gaivota” se tornou um ícone para todos que se interessam
por teatro e foi com ela que Stanislavski conseguiu dar
início a sua técnica de teatro, que até hoje
é a técnica mais conhecida e usada no mundo inteiro.
“Anton
Pavlovitch Tchekhov sentou-se na cama e de maneira significativa
disse em voz alta e em alemão: “Ich sterbe” -
Estou morrendo. Depois, segurou o copo, voltou-se para mim, sorria
com o seu maravilhoso sorriso e disse: “Faz tempo que eu não
bebo champanhe”. Bebeu o seu copo tranqüilamente todo
o copo, estendeu-se em silêncio e, alguns instantes depois,
calou-se para sempre. E a pavorosa calma da noite foi apenas alterada
por uma enorme borboleta noturna, que entrou pela janela e voou
, atordoada, pelo quarto, em torno das lâmpadas acesas. O
médico retirou-se. No silêncio da noite, com um estampido
terrível, a rolha da garrafa interminada saltou. Começou
a clarear, com a natureza a despertar, um primeiro réquiem:
os doces e formosos cantos das aves e os acordes do órgão
da igreja próxima. Nem uma voz humana, nada do cotidiano
da vida, somente a calma e a grandeza da morte”.
Olga
Knipper, atriz e mulher de Anton Tchekhov
.
Quem
comenta esse pensamento é Jussane Cristine Pavan, 18 anos
- São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia
Helena.
|