Agosto de 2006- Nº 03    ISSN 1982-7733
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Escolas no Nº 03
Ricardo III
Direção:Roberto Lage

Quem dá a dica é Jussane Cristine Pavan
18 anos, aluna do Teatro Escola Célia e 2° ano Letras-Mackenzie.
São Paulo - capital



Celso Frateschi e Plínio Soares - Foto: Elisa Gomes

A bebida mais fatal para um homem é aquela preparada com ambição e poder, ninguém agüenta! E, infelizmente, nossa sociedade anda cheia de “poderosos” que já experimentaram um pouco desta bebida.

O Teatro Ágora está apresentando uma peça que conta sobre um destes homens, que faz qualquer coisa para manter o seu poder e conseguir tudo o que quer. A peça é Ricardo III, de Willian Shakespeare adaptada e encenada magistralmente por Celso Frateschi.
O grupo procura, com essa peça, pesquisar o homem contemporâneo e mostrar o quanto ele ainda continua igual àqueles homens que fazem parte da História. Por isso passaram por anos de pesquisa até resolverem apresentar Ricardo III no ano de 2000. Dá para notar, no palco, como a pesquisa deles foi intensa.

Segue a sinopse da peça e algumas célebres frases da obra de Shakespeare. Clique aqui e leia o que Frateschi nos contou na entrevista que concedeu ao Jornal Jovem.

Sinopse – Um drama histórico situado logo após o fim da Guerra das Duas Rosas, quando as casas de York e a de Lancaster travam uma disputa sangrenta pelo trono da Inglaterra. Disforme por natureza e entediado com os fazeres de um tempo de paz, Ricardo resolve divertir-se em arquitetar e executar a sua estratégia política. Ricardo, então Duque de Glocester, ambiciona o trono de seu irmão Eduardo. Como é o sétimo na linha sucessória, ele traça e inicia uma escalada golpista sem precedentes que acaba por levá-lo ao trono. Manda matar o seu irmão Clarence, casa-se com Anna de York, de quem havia matado o marido e o sogro, comemora a morte de seu irmão, o Rei Eduardo, manda assassinar seus sobrinhos que por direito herdariam a coroa e todos mais que se interpõem em seu caminho.

RICARDO III - Algumas frases:

"Assim eu visto a minha vilania despida: Uso os trapos dos livros sagrados e finjo-me de santo sempre que demonizo."

"Que brilhe o sol! Que brilhe muito para que eu possa admirar a minha sombra por onde eu passar!"

"Eu fui a besta de carga de seus grandes negócios. O exterminador de seus orgulhosos inimigos. O comprador generoso de seus amigos."

"Desde que um ninguém se tornou um nobre, muitos nobres se portam como ninguém!"

"Estou tão imerso em sangue que um crime me leva a outro crime. As lágrimas de piedade não habitam esses olhos."

"Minha consciência tem mil línguas e cada língua conta uma história diferente e cada história me condena como um criminoso miserável."

"A consciência é apenas uma palavra que os covardes usam para amedrontar os fortes. Que nossos braços sejam a nossa consciência e nossas espadas as nossas leis."

"Cometo um crime e sou o primeiro a clamar por justiça. Os males que faço em segredo faço cair sobre os ombros dos outros."

"Um cavalo! Um cavalo! Meu reino por um cavalo!"

ÁGORA TEATRO
Rua Rui Barbosa, 672 – Bela Vista - SP
Tel.: 11-3284 0290
Data e horário: quinta-feira a sábado às 21h e domingo às 19h.
Ingressos: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 170 min. e 1 intervalo / Recomendação: a partir de 14 anos // Gênero: drama histórico.
Vai até 27 de agosto.

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VOCÊ SABIA?

Anton Tchekhov

“Desprezo a preguiça, assim como desprezo a fraqueza e a apatia dos movimentos da alma. Para viver bem, como um homem digno desse nome, é preciso trabalhar, trabalhar com amor, com fé”.

Tchekhov foi o pioneiro da literatura do teatro realista. No começo foi muito criticado e pensou até em desistir de tudo e voltar a ser médico, mas resolveu dar mais uma chance a ele mesmo e autorizou a produção da sua peça “A Gaivota” para o Teatro Artístico de Moscou (fundado por Stanislavski, ator, e Dantchenko, autor).

“A Gaivota” se tornou um ícone para todos que se interessam por teatro e foi com ela que Stanislavski conseguiu dar início a sua técnica de teatro, que até hoje é a técnica mais conhecida e usada no mundo inteiro.

“Anton Pavlovitch Tchekhov sentou-se na cama e de maneira significativa disse em voz alta e em alemão: “Ich sterbe” - Estou morrendo. Depois, segurou o copo, voltou-se para mim, sorria com o seu maravilhoso sorriso e disse: “Faz tempo que eu não bebo champanhe”. Bebeu o seu copo tranqüilamente todo o copo, estendeu-se em silêncio e, alguns instantes depois, calou-se para sempre. E a pavorosa calma da noite foi apenas alterada por uma enorme borboleta noturna, que entrou pela janela e voou , atordoada, pelo quarto, em torno das lâmpadas acesas. O médico retirou-se. No silêncio da noite, com um estampido terrível, a rolha da garrafa interminada saltou. Começou a clarear, com a natureza a despertar, um primeiro réquiem: os doces e formosos cantos das aves e os acordes do órgão da igreja próxima. Nem uma voz humana, nada do cotidiano da vida, somente a calma e a grandeza da morte”.

Olga Knipper, atriz e mulher de Anton Tchekhov
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Quem comenta esse pensamento é Jussane Cristine Pavan, 18 anos - São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.

 
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