Agosto de 2006- Nº 03    ISSN 1982-7733
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Quando Nietzsche Chorou
Direção:Ulisses Cohn

Quem dá a dica é Jussane Cristine Pavan
18 anos, aluna do Teatro Escola Célia e 2° ano Letras-Mackenzie.
São Paulo - capital


Nelson Baskerville - Dr. Breuer - Foto Divulgação

Para começar, eu quero dizer que essa foi uma peça muito difícil de escrever sobre, talvez porque ela seja tão única e tão especial para cada um de nós.

Logo que entrei no teatro e que as cortinas se abriram eu me deparei com um cenário muito limpo e claro. Deve ser por essas características que essa peça se tornou tão próxima da minha vida. Mas o que realmente me dominou, não foi o cenário, mas os personagens Josef Breuer e Nietzsche, que são magistralmente encenados por Nelson Baskerville e Cássio Scapin.

Quando Nietzsche Chorou
Direção:Ulisses Cohn

Primeiro o psiquiatra Breuer, Baskerville, que pensa que está ajudando uma pessoa cheia de neuroses, um famoso filósofo alemão, mas na verdade e no decorrer das sessões quem está sendo ajudado é ele mesmo e são as suas neuroses que estão sendo analisadas.

O interessante é que o público também segue esta linha: Pensa que está assistindo somente uma peça de teatro, quando na realidade... ninguém sabe o que vai acontecer, só você mesmo, quando assistir esse maravilhoso espetáculo.

Teatro Imprensa
Rua Jaceguai, 400 Fone 3241-4203
Quinta a sábado, 21h; domindo, 19h.
Ingresso: R$50,00 (qui. e sex.)e R$60,00 (sab. e dom.).

 

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VOCÊ SABIA?

Anton Tchekhov

“Desprezo a preguiça, assim como desprezo a fraqueza e a apatia dos movimentos da alma. Para viver bem, como um homem digno desse nome, é preciso trabalhar, trabalhar com amor, com fé”.

Tchekhov foi o pioneiro da literatura do teatro realista. No começo foi muito criticado e pensou até em desistir de tudo e voltar a ser médico, mas resolveu dar mais uma chance a ele mesmo e autorizou a produção da sua peça “A Gaivota” para o Teatro Artístico de Moscou (fundado por Stanislavski, ator, e Dantchenko, autor).

“A Gaivota” se tornou um ícone para todos que se interessam por teatro e foi com ela que Stanislavski conseguiu dar início a sua técnica de teatro, que até hoje é a técnica mais conhecida e usada no mundo inteiro.

“Anton Pavlovitch Tchekhov sentou-se na cama e de maneira significativa disse em voz alta e em alemão: “Ich sterbe” - Estou morrendo. Depois, segurou o copo, voltou-se para mim, sorria com o seu maravilhoso sorriso e disse: “Faz tempo que eu não bebo champanhe”. Bebeu o seu copo tranqüilamente todo o copo, estendeu-se em silêncio e, alguns instantes depois, calou-se para sempre. E a pavorosa calma da noite foi apenas alterada por uma enorme borboleta noturna, que entrou pela janela e voou , atordoada, pelo quarto, em torno das lâmpadas acesas. O médico retirou-se. No silêncio da noite, com um estampido terrível, a rolha da garrafa interminada saltou. Começou a clarear, com a natureza a despertar, um primeiro réquiem: os doces e formosos cantos das aves e os acordes do órgão da igreja próxima. Nem uma voz humana, nada do cotidiano da vida, somente a calma e a grandeza da morte”.

Olga Knipper, atriz e mulher de Anton Tchekhov
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Quem comenta esse pensamento é Jussane Cristine Pavan, 18 anos - São Paulo, capital, aluna do Teatro Escola Célia Helena.

 
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