Março de 2008 - Nº 09     ISSN 1982-7733
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Tarsila Viajante na Pinacoteca/SP

 

Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e consultoria de Aracy Amaral, a mostra assinala um momento importante na compreensão do legado de Tarsila. Em meio à celebração dos 80 anos do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, inspirado na pintura Abaporu. Tarsila Viajante reúne cerca de 40 pinturas e 110 desenhos que apresentam a influência das viagens que realizou na constituição de seu repertório visual.  Em cartaz até 16 de março de 2008.

 

Antropofagia, Tarsila do Amaral. Foto:Divulgação

 

Organizada pela Base7 Projetos Culturais, a exposição se divide em seis núcleos: passa-se por seus Anos de formação, para em seguida compreender, no módulo Ensaios modernistas, como se inicia seu contato com a arte moderna. Em O “descobrimento” do Brasil, nota-se como a arte de Tarsila do Amaral se passa a impregnar fortemente de elementos da cultura brasileira, assim como de outros do Mediterrâneo, no módulo seguinte, Viagem ao Oriente Médio. A renovação no modo como busca a brasilidade pelo viés do fantástico é foco do segmento Brasil mágico. A mostra se encerra com sua Viagem à Rússia, que Tarsila registra em desenhos que trarão motivos sociais às suas pinturas. A exposição será acompanhada da edição de catálogo com reproduções das obras expostas e textos de Regina Teixeira de Barros e Aracy Amaral.

Tarsila do Amaral (Capivari, SP, 1886 – São Paulo, 1973), filha de um rico fazendeiro de café, tornou-se uma das mais importantes e criativas artistas do modernismo brasileiro. Responsável pelo desenvolvimento de uma linguagem própria – derivada da convivência com mestres cubistas e surrealistas em Paris na década de 1920 –, Tarsila soube responder às inquietações de seus pares (artistas plásticos, escritores, poetas, músicos e críticos brasileiros) ao se debruçar sobre a problemática da identidade nacional. Ao mesmo tempo em que sua produção foi estimulada pelas discussões com artistas e intelectuais modernistas, foi também fonte inspiradora de movimentos de vanguarda da literatura nacional, como a Antropofagia.

Das pinturas construtivas da fase Pau-brasil aos seres fantásticos da fase Antropofágica, todo o imaginário criado por Tarsila foi paulatinamente sendo assimilado, ao longo do século XX, como ícones do modernismo brasileiro e, de forma mais abrangente, da cultura nacional.

Entre 1920 e 1933, período que abarca o apogeu da produção da artista, Tarsila viajou diversas vezes para a Europa, conheceu o Oriente Médio e a Rússia e “descobriu” o Brasil. As longas estadas no exterior eram intercaladas com temporadas na fazenda, no interior do Estado de São Paulo. Todas essas viagens foram determinantes para o conjunto da obra de Tarsila, pois formaram seu repertório visual. Das anotações de viagem, bem como da intimidade com o interior paulista, nascem e se desenvolvem paisagens urbanas, rurais, “reais” ou imaginárias.

A exposição Tarsila viajante trará a público uma seleção de cerca de 35 pinturas e 120 desenhos referentes às viagens concretas e imaginárias da artista.

Pinacoteca do Estado

Pça da Luz, 2 – 11 3324 1000

Aberta de terça a domingo, das 10 às 18h | R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia). Grátis aos sábados

www.pinacoteca.org.br

 

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