Julho de 2007 - Nº 06    ISSN 1982-7733
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"Cartola - Música para os olhos"

O Sonho não se acabou

A célebre frase dita por Nelson Sargento sobre Cartola venceu a barreira dos anos e chegou até nós com o mesmo frescor de sambas como Tive Sim e O Mundo é um Moinho. “Cartola não existiu. Foi um sonho que a gente teve”. E por mais que insistentemente repetida a cada evocação feita sobre Angenor de Oliveira, ela se recicla, assumindo outra conotação, ainda mais se dita para exprimir a beleza de um filme como “Cartola – Música para os olhos”  que acaba de entrar nos cinemas.

Dirigido por Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, o documentário sobre o sambista da Velha Guarda da Estação Primeira de Mangueira concatena elementos de diversas linguagens artísticas para resultar mais especificamente num filme que trata de música. Mas é muito mais que isso: penso que ao reconstituir a vida de uma personalidade como Cartola, qualquer diretor se obriga a contar também, a história do samba, o que inevitavelmente se confunde com o percurso trilhado pelo país.

“Música para os olhos”, logo nos primeiros minutos de filme, converte-se em música para o coração. Para o corpo inteiro. O documentário se inicia com um excerto de Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis e segue com depoimentos de amigos, passando por trechos de filmes como Copacabana, estrelado em 1947 por Carmem Miranda e Groucho Marx.

Provavelmente Marx não conheceu Cartola. E, no entanto, é bonito perceber como ajuda a recontar sua trajetória. Com pitadas de humor e cenas raras como o encontro entre Donga, João da Baiana e Pixinguinha numa mesa de bar, o documentário mostra os foliões da época e dedica boa parte de seu tempo a escola de samba cujos nome e cores foram igualmente dados pelo autor de As Rosas não Falam.

Figuras como Chico Buarque, Elizethe Cardoso, Elza Soares, Beth Carvalho e Dona Zica, esposa de Cartola, fazem justiça à memória do compositor que vem sendo gravado por grandes nomes da MPB tais como Elis Regina (Basta de Clamares Inocência no álbum “Essa Mulher”, 1979) ou Ney Matogrosso, que dedicou em 2002 um trabalho todo à sua obra interpretando pérolas como Corra e Olhe o Céu e Ensaboa. No entanto, esses dois últimos não aparecem no documentário.

O compositor, reconhecido quase no fim de sua vida, é hoje uma das figuras mais aclamadas quando se fala em música brasileira e “Música para os olhos” vem coroar todo esse respeito com cores marcantes de um tempo igualmente rico e belo como a obra de Cartola. Como a história do Brasil.

 

Thiago Sogayar Bechara

22/04/2007

*Foto- Fonte: http://www.dustygroove.com/

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VOCÊ SABIA?

Marilyn Monroe - por trás do mito

Marilyn Monroe – nome artístico de Norma Jean Baker (1926-1962)- foi, sem dúvida, o único mito que Hollywood conseguiu produzir em toda a história do cinema. Esse epíteto já lhe era dado enquanto vivia, mas depois da sua morte foi reforçado tanto pelas circunstâncias trágicas em que acontecera quanto pelas especulações que se seguiram.

Marilyn morreu aos 36 anos, em 5 de agosto de 1962. O suicídio foi a explicação dada na época, já que a atriz foi encontrada morta em seu quarto rodeada por barbitúricos. Muitas teorias foram divulgadas a fim de elucidar o episódio e todas elas estavam ligadas ao clã dos Kennedy, já que Marilyn foi amante tanto do presidente John Kennedy, quanto do seu irmão, Bob.

A atriz, que foi ícone de beleza e sensualidade, teve uma infância conturbada. Aos 16 anos, a jovem Norman Jean se casa com Jimmy Dougherty, com quem vive até 1946, mesmo ano em que assina seu primeiro contrato com a FOX, tinge os cabelos de loiro e adota o nome de Marilyn Monroe.

Aos poucos, a atriz consegue papéis pequenos em filmes como O Segredo das Jóias e A Malvada. Mas o sucesso chega em 1953, com o filme Torrente de Paixão. Com a repercussão desse trabalho, conquista os papéis principais em Os Homens Preferem as Loiras e Como Agarrar um Milionário.

Em 1956, casa-se com o dramaturgo Arthur Miller. Em 59, vence o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz por Quanto Mais Quente Melhor. Os críticos a consideravam uma atriz medíocre, mas o público a via com simpatia e prestigiava o seu trabalho. Prova disso é que Marilyn era responsável pelas maiores bilheterias da FOX.

Em 1961, chega ao fim o seu segundo casamento. Três meses antes de morrer, em 19 de maio de 1962, a atriz protagonizou um dos episódios mais marcantes de todos os tempos. Sensualíssima, usando um vestido diáfano colado ao corpo, Marilyn cantou com voz provocante Happy Birthday to you, mr. President, no aniversário de 45 anos de John Kennedy. A 5 de agosto do mesmo ano, porém, encontraram-na morta em sua casa em Los Angeles.

Recentemente, o jornal britânico The Independent publicou um relatório do FBI, escrito em 1964, insinuando que Marilyn poderia ter sido vítima de um complô para induzi-la a um falso suicídio, com consentimento de Bob Kennedy. Os documentos dizem que a estrela foi vítima de uma armação que contou com a ajuda de pessoas próximas como: Ralph Greenson, seu psiquiatra; sua governanta, Eunice Murray; Pat Newcomb, assessora de imprensa; e o ator Peter Lawford. Eles a teriam convencido de simular uma tentativa de suicídio. Assim, ela teria o apoio dos fãs ao revelar seu romance com Bob Kennedy. O Independent afirma que a real intenção era eliminá-la para que o envolvimento com o irmão do presidente não se tornasse público.

Talvez esta seja mais uma teoria que se juntará às demais histórias conspiratórias atribuídas à família Kennedy. O que fica claro, contudo, é que a vida de Marilyn Monroe, mesmo depois de 45 anos da sua morte, ainda renderia bons roteiros de cinema.

Cremilda Aguiar, 19 anos, jornalismo Mackenzie/SP

 
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