Julho de 2007 - Nº 06    ISSN 1982-7733
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Cinebiografia de Maria Antonieta chega às telas brasileiras

 

Cremilda Aguiar

19 anos, 3° ano Jornalismo-Mackenzie
São Paulo - capital

O filme Maria Antonieta é um projeto ambicioso, encabeçado pela direção de Sofia Coppola – em seu terceiro longa - tendo como produtor seu pai, Francis Ford Coppola. Orçado em US$ 40 milhões, o filme teria tudo para ser um dos grandes sucessos de bilheteria do ano passado, porém o resultado foi bem diferente. Nem a popularidade de Kirsten Dunst, que interpreta a personagem título, salvou a produção do fracasso. Maria Antonieta acumulou bilheteria mundial de US$ 56 milhões, ou seja, menos da metade do que seria necessário para apenas se pagar.

Não era uma tarefa fácil adaptar para o cinema a história da austríaca que se tornou rainha da França, após se casar com Luís XVI (Jason Schwartzman). Mas a riqueza da personagem, com suas nuances e com o respaldo de tudo que já foi escrito sobre esse período conturbado da História (Revolução Francesa) seria suficiente para se fazer uma reflexão densa acerca das ambigüidades da rainha, da sua falta de parcimônia em relação às contas do Estado, dos excessos da nobreza parasita e da vulnerabilidade do governo francês. Esta, provavelmente, não foi a intenção de Sofia ao pensar na construção do roteiro, mas talvez tenha sido seu grande erro tratar o tema de maneira tão superficial.

A crítica respondeu à altura: o filme passou despercebido pelo Festival de Cannes e, ainda que mais ponderada, a crítica americana também respondeu mal. O único momento de glória foi na festa do Oscar, quando Milena Canonero recebeu a estatueta de melhor figurino pelas roupas do filme. Merecidíssimo, aliás, já que a moda parece, em muitos momentos, ser o foco principal da produção.

Ainda há o que se explorar sobre a vida da rainha que morreu decapitada no auge da Revolução Francesa. Ressalta-se, também, que muito já foi falado. A Sofia coube fazer uma abordagem diferente e ela optou por dar ênfase ao sentimento de deslocamento vivido por Maria Antonieta desde que chegou à França. A princípio, pouco habituada às responsabilidades de Delfina; depois, cobrada para dar à luz um herdeiro da coroa; e, ao final, odiada por toda a população por conta de seus gastos exorbitantes e pela imagem desprestigiada do governo francês.

Kirsten Dunst deixa a desejar na interpretação. A atriz já demonstra uma certa maturidade para fazer papéis desafiadores, mas mesmo assim seu desempenho é limitado. A trilha sonora tenta dar uma roupagem pop ao filme e, por conseguinte, reforça a atmosfera onírica e o descolamento da realidade. No Brasil, Maria Antonieta segue uma trajetória de sucesso. Talvez não levar tão a sério seja a melhor maneira de aproveitar o filme.

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VOCÊ SABIA?

Marilyn Monroe - por trás do mito

Marilyn Monroe – nome artístico de Norma Jean Baker (1926-1962)- foi, sem dúvida, o único mito que Hollywood conseguiu produzir em toda a história do cinema. Esse epíteto já lhe era dado enquanto vivia, mas depois da sua morte foi reforçado tanto pelas circunstâncias trágicas em que acontecera quanto pelas especulações que se seguiram.

Marilyn morreu aos 36 anos, em 5 de agosto de 1962. O suicídio foi a explicação dada na época, já que a atriz foi encontrada morta em seu quarto rodeada por barbitúricos. Muitas teorias foram divulgadas a fim de elucidar o episódio e todas elas estavam ligadas ao clã dos Kennedy, já que Marilyn foi amante tanto do presidente John Kennedy, quanto do seu irmão, Bob.

A atriz, que foi ícone de beleza e sensualidade, teve uma infância conturbada. Aos 16 anos, a jovem Norman Jean se casa com Jimmy Dougherty, com quem vive até 1946, mesmo ano em que assina seu primeiro contrato com a FOX, tinge os cabelos de loiro e adota o nome de Marilyn Monroe.

Aos poucos, a atriz consegue papéis pequenos em filmes como O Segredo das Jóias e A Malvada. Mas o sucesso chega em 1953, com o filme Torrente de Paixão. Com a repercussão desse trabalho, conquista os papéis principais em Os Homens Preferem as Loiras e Como Agarrar um Milionário.

Em 1956, casa-se com o dramaturgo Arthur Miller. Em 59, vence o prêmio Globo de Ouro de melhor atriz por Quanto Mais Quente Melhor. Os críticos a consideravam uma atriz medíocre, mas o público a via com simpatia e prestigiava o seu trabalho. Prova disso é que Marilyn era responsável pelas maiores bilheterias da FOX.

Em 1961, chega ao fim o seu segundo casamento. Três meses antes de morrer, em 19 de maio de 1962, a atriz protagonizou um dos episódios mais marcantes de todos os tempos. Sensualíssima, usando um vestido diáfano colado ao corpo, Marilyn cantou com voz provocante Happy Birthday to you, mr. President, no aniversário de 45 anos de John Kennedy. A 5 de agosto do mesmo ano, porém, encontraram-na morta em sua casa em Los Angeles.

Recentemente, o jornal britânico The Independent publicou um relatório do FBI, escrito em 1964, insinuando que Marilyn poderia ter sido vítima de um complô para induzi-la a um falso suicídio, com consentimento de Bob Kennedy. Os documentos dizem que a estrela foi vítima de uma armação que contou com a ajuda de pessoas próximas como: Ralph Greenson, seu psiquiatra; sua governanta, Eunice Murray; Pat Newcomb, assessora de imprensa; e o ator Peter Lawford. Eles a teriam convencido de simular uma tentativa de suicídio. Assim, ela teria o apoio dos fãs ao revelar seu romance com Bob Kennedy. O Independent afirma que a real intenção era eliminá-la para que o envolvimento com o irmão do presidente não se tornasse público.

Talvez esta seja mais uma teoria que se juntará às demais histórias conspiratórias atribuídas à família Kennedy. O que fica claro, contudo, é que a vida de Marilyn Monroe, mesmo depois de 45 anos da sua morte, ainda renderia bons roteiros de cinema.

Cremilda Aguiar, 19 anos, jornalismo Mackenzie/SP

 
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