Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
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O Ultimato Bourne

 

Mônica Munuera

20 anos, publicitária
São Paulo - capital

Quem sou, de onde venho, para onde vou

Em “O Ultimato Bourne”, o inabalável Jason Bourne tenta solucionar essa trilogia filosófica e enigmática. Isto é, se a CIA deixar...

 

Foto:Divulgação

Depois de ter o passado apagado da memória durante um treinamento secreto linha-dura do exército em “A Identidade Bourne” (2002) e de se vingar do que fizeram com ele em “A Supremacia Bourne” (2004), chegou a hora de mostrar ao mundo quem de fato é Jason Bourne (Matt Damon). Essa poderia ser uma tarefa complicada, ainda mais para o homem de US$ 30 milhões da CIA, o serviço secreto americano. Mas estamos falando de Jason Bourne!

Cansado da vida de “arma humana”, Jason resolve se refugiar de tudo e de todos, até que um jornal de Londres resolve trazer o programa Blackbriar, desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, às claras. Este programa cria matadores treinados secretamente pelo governo, e Bourne seria um deles.

Dirigido por Paul Greengrass, indicado ao Oscar este ano por “Vôo United 93”, o filme é uma seqüência de perseguições, capturas, tiros, merchandising e absurdos, como a moto que pula o muro e o cinto de segurança que funciona até quando o passageiro esquece de colocá-lo. Ainda mais absurdas são as brigas muito bem coreografadas entre Bourne e seus incansáveis perseguidores, que correm o mundo para eliminá-lo.

Com roteiro fraco e cenas mareantes, o longa peca em muitos momentos ao colocar a estória de lado e se concentrar em um caos de imagens. A imortalidade de Jason Bourne também tem seu limite forçado do começo ao fim, remetendo ao xará Jason, das seqüências Sexta-Feira 13, e ao mítico Highlander. Se o que se procura é somente um filme de ação, até podemos dar algum crédito à fita. Só não espere por grandes surpresas, pois elas se revelam nos primeiros 30 minutos de filme. Depois disso, pode levantar e sair.

O Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum)

EUA, 2007. Ação. 111 min. Direção: Paul Greengrass. Com: Matt Damon, Julia Stiles, David Strathairn e Scott Glenn

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VOCÊ SABIA?

Arnaldo Jabor

     Para as gerações mais novas, esse carioca nascido em 1940 é conhecido como cronista dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Tornou-se popular em meados dos anos 90, quando passou a atuar como comentarista nos telejornais da Rede Globo.

      Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor também é considerado uma das figuras de maior representatividade do cinema nacional, ainda que, atualmente, não se dedique à produção de filmes.

      Sua carreira teve início ainda no Cinema Novo - mais especificamente no ano de 1963 - ao exercer as funções de técnico de som em Ganga Zumba e Maioria Absoluta e de assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial. Em 1967, assinou a direção do documentário Opinião Pública, um ensaio sobre a classe média.

      Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, contou com o apoio financeiro da Columbia Pictures, mas foi mal recebido tanto pela crítica quanto pelo público. Já Toda Nudez Será Castigada (1973) – produção baseada na obra de Nélson Rodrigues – representa a volta por cima do diretor, que conseguiu driblar a censura graças ao Urso de Prata conquistado no Festival de Berlim. O Casamento (1975), também inspirado no universo rodrigueano, não repetiu o sucesso do antecessor.

     Em 1978, com a colaboração de Leopoldo Serran, Jabor escreveu o roteiro original de Tudo Bem, seu filme mais contundente. Nele, o diretor optou por retratar o ambiente familiar a partir das figuras que simbolizam todas as classes e regiões do Brasil.

     Eu Te Amo (1980), protagonizado por Sônia Braga e Paulo César Pereio, versa sobre os jogos do amor e da sedução com sofisticação e complexidade relativa. Eu Sei Que Vou Te Amar (1984) trata da mudança dos papéis familiares: a figura paterna perde força diante das transformações do comportamento feminino. Esse filme rendeu à protagonista Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

     Durante o governo Collor, Jabor decidiu enveredar pelo Jornalismo, já que o então presidente havia acabado com a Embrafilme desestruturando o cinema nacional.

    . Por meio da visão radical e totalizante do Cinema Novo, Jabor fez do cinema um instrumento de revelação da alma da classe média brasileira.

Cremilda Aguiar, 19 anos, estudante de jornalismo Mackenzie/SP

 
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