Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
cinema12.php
menu_semmana
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Sua vez, sua voz
Fale conosco
A Semana em São Paulo
Pça do Relógio - USP
Parque Ibirapuera
Estação Ciência
Parque da Água Branca
Metrô Tatuapé
Mais eventos
Envie aqui sua notícia
A Semana no Brasil
Site oficial da Semana
Notas e notícias
Envie aqui sua notícia
Cinema
Dicas de Livros e CDs
Acompanhe
Abroad/ Mundo Afora
Exceção
Todas as edições do JJ
Escola
Como participar
Divulgação de eventos
 

JJ Entrevista: Paulo Vilhena fala de seu personagem no filme "O Magnata"

Paulo Vilhena dutante entrevista. Foto: Sonia Makaron

 

JJ – O que você acha do seu personagem no filme "O Magnata", como você o enxerga?

Paulo Vilhena – Eu vejo ele com os olhos de quem vê alguém próximo. Não me identifico com ele, mas vejo que ele está próximo. Isso por causa da desestrutura familiar dele. Ele não tem limite. Ele pode o que ele quiser. E o nosso trabalho de treinamento foi bem em cima disso. Por essa falta de normas que rejam sua vida. E isso pode acontecer por diversos fatores. Mas nesse caso, o pai morreu, a mãe é uma alcoólatra depravada. E ele não tem consciência de limite. Não tem como distinguir até onde ele pode chegar.

JJ – Você teve dificuldades com esse personagem ou em cenas especificas?

Paulo Vilhena – A cena de sexo é sempre complicada porque tem o respeito pelo outro. Não chega a ser dificuldade, mas tem sempre um cuidado maior da produção e de nós atores.

JJ – Fazer um personagem como esse te ajuda a ver a realidade de uma maneira diferente?

Paulo Vilhena – Com certeza. Embora eu não me identifique em nada com a vida dele, o fato de você viver com pessoas que podem por algum motivo perder esse senso, essa proximidade, já faz com que isso te atinja.

JJ – Que tipo de reflexão você espera que esse filme gere nos jovens de maneira geral?

Paulo Vilhena – Ouvir um pouco mais a sua consciência, a sua voz interior que sempre está dizendo algo e a gente teima em nem sempre ouvir. Mas sem pretensão de mudar o mundo.

Sonia Makaron

Envie esta notícia para um amigo

 

- "O Magnata"

- JJ entrevista: Paulo Vilhena fala de seu personagem no filme "O Magnata"

- JJ entrevista: a atriz Rosanne Mulholland fala sobre "O Magnata"

- JJ entrevista Johnny Araújo, diretor do filme " O Magnata"

- Destaques da Mostra Internacional de Cinema

- Os Simpsons - O Filme

- O Ultimato Bourne

-  Miss Potter

- "O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer

 

 

 

 

 

 

 

VOCÊ SABIA?

Arnaldo Jabor

     Para as gerações mais novas, esse carioca nascido em 1940 é conhecido como cronista dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Tornou-se popular em meados dos anos 90, quando passou a atuar como comentarista nos telejornais da Rede Globo.

      Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor também é considerado uma das figuras de maior representatividade do cinema nacional, ainda que, atualmente, não se dedique à produção de filmes.

      Sua carreira teve início ainda no Cinema Novo - mais especificamente no ano de 1963 - ao exercer as funções de técnico de som em Ganga Zumba e Maioria Absoluta e de assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial. Em 1967, assinou a direção do documentário Opinião Pública, um ensaio sobre a classe média.

      Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, contou com o apoio financeiro da Columbia Pictures, mas foi mal recebido tanto pela crítica quanto pelo público. Já Toda Nudez Será Castigada (1973) – produção baseada na obra de Nélson Rodrigues – representa a volta por cima do diretor, que conseguiu driblar a censura graças ao Urso de Prata conquistado no Festival de Berlim. O Casamento (1975), também inspirado no universo rodrigueano, não repetiu o sucesso do antecessor.

     Em 1978, com a colaboração de Leopoldo Serran, Jabor escreveu o roteiro original de Tudo Bem, seu filme mais contundente. Nele, o diretor optou por retratar o ambiente familiar a partir das figuras que simbolizam todas as classes e regiões do Brasil.

     Eu Te Amo (1980), protagonizado por Sônia Braga e Paulo César Pereio, versa sobre os jogos do amor e da sedução com sofisticação e complexidade relativa. Eu Sei Que Vou Te Amar (1984) trata da mudança dos papéis familiares: a figura paterna perde força diante das transformações do comportamento feminino. Esse filme rendeu à protagonista Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

     Durante o governo Collor, Jabor decidiu enveredar pelo Jornalismo, já que o então presidente havia acabado com a Embrafilme desestruturando o cinema nacional.

    . Por meio da visão radical e totalizante do Cinema Novo, Jabor fez do cinema um instrumento de revelação da alma da classe média brasileira.

Cremilda Aguiar, 19 anos, estudante de jornalismo Mackenzie/SP

 
 Copyright © 2005-2011 Jornal Jovem - Aqui você é o repórter. Todos os direitos reservados.