Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
menu_semmana
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Sua vez, sua voz
Fale conosco
A Semana em São Paulo
Pça do Relógio - USP
Parque Ibirapuera
Estação Ciência
Parque da Água Branca
Metrô Tatuapé
Mais eventos
Envie aqui sua notícia
A Semana no Brasil
Site oficial da Semana
Notas e notícias
Envie aqui sua notícia
Cinema
Dicas de Livros e CDs
Acompanhe
Abroad/ Mundo Afora
Exceção
Todas as edições do JJ
Escola
Como participar
Divulgação de eventos
 

O Ano em que meus pais saíram de férias, filme de Cao Hamburguer

Leia também as reportagens do Roda Jovem, debate promovido pelo Jornal Jovem com Cao Hamburguer no Colégio Dante Aliguieri em novembro de 2006. Aqui

Mauro e Shlomo (Michel Joelseas e Germano Haiut). Foto divulgação.

É muito interessante o paralelo que o diretor Cao Hamburguer faz entre o período em que se passa o filme, ou seja, a ditadura militar e a copa de 70, um momento maluco de transformações na vida do país e as mudanças que ocorrem no garoto Mauro que tem 12 anos e está deixando a infância para trás e se tornando um adolescente.

Cena do filme. Foto divulgação.

O momento político que o país está passando é apenas pano de fundo. O que importa aqui são os sentimentos de Mauro (interpretado brilhantemente por Michel Joelsas), a solidão, a ausência, a alegria, o sabor da vida, o sonho, tudo isso visto com muita delicadeza por um diretor competente que nos faz redescobrir os valores da vida através dos olhos de uma criança.

Mauro e Hanna ( Daniela Piepszyk e Michel Joelseas). Foto divulgação.

O estilo nostálgico me remete a sentimentos que só pude sentir em Cinema Paradiso de Tornatore e sua estrutura (visão de um garoto de 12 anos em uma época sombria), me fez lembrar de Esperança e Glória de John Boorman, mas as semelhanças acabam aí. O filme é extremamente original e seduz o espectador com uma história que a muito gostaríamos de ouvir (ver). Imperdível!

Rubens Tietzmann, 40 anos, é natural de Porte Alegre/RS, mora em São Paulo e desde muito jovem cultiva seu interesse pelo cinema. Já participou de vários cursos e seminários ministrados por Ricardo Rizek, Sérgio Rizzo e Cleber Eduardo. Cursou 2 anos de cinema da FAAP (90/91). É autodidata e seu foco de estudo é o cinema noir americano.

Leia também>>>

- "O Magnata"

- JJ entrevista: Paulo Vilhena fala de seu personagem no filme "O Magnata"

- JJ entrevista: a atriz Rosanne Mulholland fala sobre "O Magnata"

- JJ entrevista Johnny Araújo, diretor do filme " O Magnata"

- Destaques da Mostra Internacional de Cinema

- Os Simpsons - O Filme

- O Ultimato Bourne

-  Miss Potter

- "O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer

 

 

 

 

 

 

 

VOCÊ SABIA?

Arnaldo Jabor

     Para as gerações mais novas, esse carioca nascido em 1940 é conhecido como cronista dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Tornou-se popular em meados dos anos 90, quando passou a atuar como comentarista nos telejornais da Rede Globo.

      Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor também é considerado uma das figuras de maior representatividade do cinema nacional, ainda que, atualmente, não se dedique à produção de filmes.

      Sua carreira teve início ainda no Cinema Novo - mais especificamente no ano de 1963 - ao exercer as funções de técnico de som em Ganga Zumba e Maioria Absoluta e de assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial. Em 1967, assinou a direção do documentário Opinião Pública, um ensaio sobre a classe média.

      Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, contou com o apoio financeiro da Columbia Pictures, mas foi mal recebido tanto pela crítica quanto pelo público. Já Toda Nudez Será Castigada (1973) – produção baseada na obra de Nélson Rodrigues – representa a volta por cima do diretor, que conseguiu driblar a censura graças ao Urso de Prata conquistado no Festival de Berlim. O Casamento (1975), também inspirado no universo rodrigueano, não repetiu o sucesso do antecessor.

     Em 1978, com a colaboração de Leopoldo Serran, Jabor escreveu o roteiro original de Tudo Bem, seu filme mais contundente. Nele, o diretor optou por retratar o ambiente familiar a partir das figuras que simbolizam todas as classes e regiões do Brasil.

     Eu Te Amo (1980), protagonizado por Sônia Braga e Paulo César Pereio, versa sobre os jogos do amor e da sedução com sofisticação e complexidade relativa. Eu Sei Que Vou Te Amar (1984) trata da mudança dos papéis familiares: a figura paterna perde força diante das transformações do comportamento feminino. Esse filme rendeu à protagonista Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

     Durante o governo Collor, Jabor decidiu enveredar pelo Jornalismo, já que o então presidente havia acabado com a Embrafilme desestruturando o cinema nacional.

    . Por meio da visão radical e totalizante do Cinema Novo, Jabor fez do cinema um instrumento de revelação da alma da classe média brasileira.

Cremilda Aguiar, 19 anos, estudante de jornalismo Mackenzie/SP

 
 Copyright © 2005-2011 Jornal Jovem - Aqui você é o repórter. Todos os direitos reservados.