Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
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"O Magnata" nos cinemas

Paulo Vilhena fala de seu personagem no filme O MAGNATA: "Não me identifico com ele embora veja que ele está bem próximo da realidade de todos nós. Ele pode o que quiser porque não tem consciência de limite. Não tem como distinguir até onde ele pode chegar. Isso por causa da desestrutura familiar em que vive". Confira entrevista completa.

Paulo Vilhena dutante entrevista. Foto: Sonia Makaron

 

Bonito, rico, estrela do rock e com as garotas aos seus pés. O Magnata tem tudo isso mas não conhece limites para aquilo que quer.

Rebelde e prepotente coloca-se no passo de considerar apenas uma brincadeira perigosa aquilo que será o seu fim.

 

Em meio a muita confusão encontra Dri (Rosanne Mulholland), uma garota que acaba de voltar de Nova York. Dri parece ser a única capaz de tornar o Magnata um cara menos egocêntrico e mais humano.

 

O Magnata, que conta com excelente atuação de Paulo Vilhena, retrata uma realidade onde sonhos são pesadelos, perspectivas de vida são inexistentes e projetos são basicamente planos de destruição seja lá do que for. Será esse o submundo? Um mundo em que não se tem nenhuma boa esperança, nenhuma boa perspectiva, nenhum bom projeto, nenhum bom ato. Se tudo isso está junto da pobreza material? “O Magnata” mostra que não.

 

Por um lado, roqueiros, skatistas e grafiteiros em ação. Por outro lado, uma tribo de jovens agressivos e anti sociais que acredita no vale tudo e no pode tudo para ‘contestar’. Mais poderosos que os poderosos, mais arrogantes que a arrogância que querem combater. Mais frios e insensíveis que a frieza e a insensibilidade que querem atacar. Sucesso entre as moças que estão por perto e que ficam fascinadas e querem partilhar ou contemplar um pouco de tanta ‘atitude’ que o comportamento agressivo desses jovens demonstra. Em tempos em que saber e lutar pelo que se quer parece tão difícil, ‘beber’ do exagero de quem demonstra que tem atitude é dádiva!

 

Qual é a fronteira entre o preconceito e o ódio e malvadeza? Uma linha tão tênue que é inevitável que estejam de mãos dadas.

Sonia Makaron

O Magnata 

Roteiro: Chorão

Direção: Johnny Araújo

Com Paulo Vilhena, Rosanne Mulholland, Maria Luiza Mendonça e Chico Diaz.

 

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VOCÊ SABIA?

Arnaldo Jabor

     Para as gerações mais novas, esse carioca nascido em 1940 é conhecido como cronista dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Tornou-se popular em meados dos anos 90, quando passou a atuar como comentarista nos telejornais da Rede Globo.

      Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor também é considerado uma das figuras de maior representatividade do cinema nacional, ainda que, atualmente, não se dedique à produção de filmes.

      Sua carreira teve início ainda no Cinema Novo - mais especificamente no ano de 1963 - ao exercer as funções de técnico de som em Ganga Zumba e Maioria Absoluta e de assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial. Em 1967, assinou a direção do documentário Opinião Pública, um ensaio sobre a classe média.

      Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, contou com o apoio financeiro da Columbia Pictures, mas foi mal recebido tanto pela crítica quanto pelo público. Já Toda Nudez Será Castigada (1973) – produção baseada na obra de Nélson Rodrigues – representa a volta por cima do diretor, que conseguiu driblar a censura graças ao Urso de Prata conquistado no Festival de Berlim. O Casamento (1975), também inspirado no universo rodrigueano, não repetiu o sucesso do antecessor.

     Em 1978, com a colaboração de Leopoldo Serran, Jabor escreveu o roteiro original de Tudo Bem, seu filme mais contundente. Nele, o diretor optou por retratar o ambiente familiar a partir das figuras que simbolizam todas as classes e regiões do Brasil.

     Eu Te Amo (1980), protagonizado por Sônia Braga e Paulo César Pereio, versa sobre os jogos do amor e da sedução com sofisticação e complexidade relativa. Eu Sei Que Vou Te Amar (1984) trata da mudança dos papéis familiares: a figura paterna perde força diante das transformações do comportamento feminino. Esse filme rendeu à protagonista Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

     Durante o governo Collor, Jabor decidiu enveredar pelo Jornalismo, já que o então presidente havia acabado com a Embrafilme desestruturando o cinema nacional.

    . Por meio da visão radical e totalizante do Cinema Novo, Jabor fez do cinema um instrumento de revelação da alma da classe média brasileira.

Cremilda Aguiar, 19 anos, estudante de jornalismo Mackenzie/SP

 
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