Dezembro de 2007 - Nº 08    ISSN 1982-7733
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JJ Entrevista: a atriz Rosanne Mulholland fala sobre "O Magnata"

Rosanne Mulholland dutante entrevista. Foto: Sonia Makaron

 

JJ – Como você sente essa virada na sua personagem, que de repente se apaixonou pelo Magnata?

Rosanne – Eu acho que, ao mesmo tempo que ela não aceitou que ele a tratasse mal, ela também gostou (risos). Aí ela ficou naquela implicância, mas ele foi se aproximando e ela foi cedendo justamente porque ela já gostou dele desde o começo.

JJ – Então, nessa linha, você diria que ele é um cara irresistível?

Rosanne - Primeiro, por ser líder de uma banda de rock, isso já causa um alvoroço em muitas garotas e depois por causa desse lado muito decidido, do tipo “sei o que eu quero”. Acho que isso impressiona também.

JJEle (o Magnata) como todo grupo, tinha uma atitude radical, anti social. Por que você acha que isso toca as mulheres, agora falando como uma delas?

RosanneEu acho que não é qualquer mulher. É a galera daquela tribo, que tem um jeito de pensar parecido e que, por isso, admira tudo isso.

JJ – Como foi fazer uma personagem que se encanta com esse universo, então?

Rosanne – Olha, eu sou de Brasília, acompanhei muitos shows de rock lá, meu irmão já teve banda de rock. Confesso que O MAGNATA é bastante agressivo até pra galera do rock. Mas essa galera quer mesmo é transgredir, então eu embarquei nessa também. Vejo isso como uma tribo, como um jeito de pensar, entendo o por que, mas não vivo minha vida assim.

JJ – Na sua opinião, por que eles agem dessa maneira?

Rosanne – É como um desejo de movimento na sociedade contra a hipocrisia. Pra correr atrás das suas coisas e pensar que se você quiser me aceitar, eu sou assim, senão, que se dane. É o pensamento de alguém que busca se auto-afirmar.

JJ – E essa idéia de que o amor do Magnata pudesse transformá-lo?

Rosanne – Olha, eu não acredito que o amor mude completamente as pessoas, mas acho que um pouquinho de juízo ajuda a colocar (risos), por que a gente sempre aprende muito num relacionamento.

 

Sonia Makaron

 

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VOCÊ SABIA?

Arnaldo Jabor

     Para as gerações mais novas, esse carioca nascido em 1940 é conhecido como cronista dos jornais O Globo e O Estado de São Paulo. Tornou-se popular em meados dos anos 90, quando passou a atuar como comentarista nos telejornais da Rede Globo.

      Formado em Direito pela PUC do Rio de Janeiro, Arnaldo Jabor também é considerado uma das figuras de maior representatividade do cinema nacional, ainda que, atualmente, não se dedique à produção de filmes.

      Sua carreira teve início ainda no Cinema Novo - mais especificamente no ano de 1963 - ao exercer as funções de técnico de som em Ganga Zumba e Maioria Absoluta e de assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial. Em 1967, assinou a direção do documentário Opinião Pública, um ensaio sobre a classe média.

      Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, contou com o apoio financeiro da Columbia Pictures, mas foi mal recebido tanto pela crítica quanto pelo público. Já Toda Nudez Será Castigada (1973) – produção baseada na obra de Nélson Rodrigues – representa a volta por cima do diretor, que conseguiu driblar a censura graças ao Urso de Prata conquistado no Festival de Berlim. O Casamento (1975), também inspirado no universo rodrigueano, não repetiu o sucesso do antecessor.

     Em 1978, com a colaboração de Leopoldo Serran, Jabor escreveu o roteiro original de Tudo Bem, seu filme mais contundente. Nele, o diretor optou por retratar o ambiente familiar a partir das figuras que simbolizam todas as classes e regiões do Brasil.

     Eu Te Amo (1980), protagonizado por Sônia Braga e Paulo César Pereio, versa sobre os jogos do amor e da sedução com sofisticação e complexidade relativa. Eu Sei Que Vou Te Amar (1984) trata da mudança dos papéis familiares: a figura paterna perde força diante das transformações do comportamento feminino. Esse filme rendeu à protagonista Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes.

     Durante o governo Collor, Jabor decidiu enveredar pelo Jornalismo, já que o então presidente havia acabado com a Embrafilme desestruturando o cinema nacional.

    . Por meio da visão radical e totalizante do Cinema Novo, Jabor fez do cinema um instrumento de revelação da alma da classe média brasileira.

Cremilda Aguiar, 19 anos, estudante de jornalismo Mackenzie/SP

 
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