Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Exposição: Os Tesouros do Senhor de Sipán

Letícia Veloso
24 anos,
2º ano Jornalismo Uninove Campus Vergueiro/SP
São Paulo - capital

Civilização pré-colombiana é destaque na Pinacoteca

Os tesouros do Senhor de Sipán, líder da civilização mochica no Peru, serão expostos na Pinacoteca do Estado.

No mês de outubro São Paulo receberá a exposição Os Tesouros do Senhor de Sipán - O Esplendor da Cultura Mochica, na qual serão expostas peças arqueológicas peruanas tais como: utensílios em cerâmica, metal e jóias valiosíssimas. Os objetos são parte da tumba do mais importante senhor do povo mochica, civilização que viveu no Peru desde 200 a.C. A abertura da exposição está marcada para o dia 31 de outubro e ficará em cartaz até o final de dezembro.


Essa é a representação do principal líder dos mochicas, chamado pelos pesquisadores de 'Senhor de Sipán'. Foto: divulgação

A descoberta do tesouro ocorreu em Sipán, no Peru. No século IV, os moches sepultaram o mais importante líder da civilização mochica. Fora enterrado com a cabeça ao sul, seu nariz e olhos cobertos com ouro. Na ocasião, foram sacrificadas mulheres e crianças como oferenda, além dos melhores guerreiros, que o acompanharam na "grande viagem", a passagem para outra vida.

Um dos envolvidos neste projeto é o museólogo peruano Júlio Vera, presidente da Casa de Cultura Peruana, uma organização sem fins lucrativos. A entidade trabalha em parceria com órgãos governamentais como o consulado e a embaixada do Peru. Um dos principais objetivos da Casa de Cultura é difundir no Brasil os costumes, hábitos e gastronomia peruanos. Júlio Vera acredita na importância da exposição como valor histórico, não apenas para o povo peruano, mas para toda a sociedade sul-americana. As relíquias moches (povo mochica), rodaram o mundo e já foram expostas em vários países da Europa. “É uma mostra de renome internacional, muito prestigiada e que agora estará no Brasil.”, diz o museólogo.

Os tesouros do Senhor de Sipán foram achados em 1987 por arqueólogos do Peru, liderados por Walter Alva, responsável pelas escavações e pesquisas na área. “Vale a pena enfatizar a luta do Dr. Alva e da equipe peruana, auxiliados pelo governo peruano e por diversas instituições e governos de outros países, contra o roubo e venda ilegal de bens arqueológicos”, diz Marisa Coutinho Afonso, arqueóloga do Museu de Arqueologia da USP.

A descoberta é constantemente comparada aos objetos encontrados no túmulo do faraó Tutakamon. Segundo Marisa Coutinho, há semelhanças entre eles, como por exemplo, o fato de que os tesouros, em ambos os casos, foram achados intactos pelos arqueólogos Walter Alva (no Peru) e Howard Carter (Egito). Nas duas situações, os pesquisadores puderam ter acesso aos sarcófagos antes de qualquer caçador de relíquias.

Outra comparação estaria na importância dos achados não apenas para os especialistas, já que o aspecto e a beleza estética dos objetos podem ser detectados e apreciados por qualquer pessoa.

Por último, tanto as descobertas no Peru e no Egito, contribuíram para a compreensão das sociedades do passado. “No caso do Peru antigo, muito se conhece sobre os incas e os achados em Sipán ajudam a se compreender melhor o funcionamento de culturas pré-incaicas”, finaliza a arqueóloga. A cultura pré-colombiana comumente resume-se aos astecas, maias e incas. Entretanto, civilizações como a mochica são pouco mencionadas.

O povo moche desapareceu misteriosamente no século VI, segundo dados do portal Historianet. Eles são considerados a primeira sociedade pré-estatal do continente e antecederam cerca de 14 séculos o império inca.

Exposição: OS TESOUROS DO SENHOR DE SIPÁN
O Esplendor da Cultura Mochica

Local: Pinacoteca do Estado
Endereço: Pça da Luz, 2. Fone 11 3229.9844
A partir de 31 de outubro.
Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia). Grátis aos sábados.
Duração: até 30 de dezembro
Aberta de terça a domingo, das 10 às 18h.

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