Bruna Leite, Carolina Antoniazzi, Eloise Martins, Gabriel Rodrigues, Rafaella Kreimer e Vinícius Silva
2º ano EM Colégio Bandeirantes
São Paulo - capital
A violência dentro do esporte tem se tornado mais freqüente com o passar dos anos. Isso se deve ao fato da formação de configurações organizativas com característica burocrática/militar, que criam uma nova categoria de torcedor, o chamado “torcedor organizado”. Ultimamente os estádios passaram a ser conhecidos mais como espaço de violência do que palco de acontecimentos esportivos. Algumas possíveis explicações da rivalidade entre torcidas organizadas são as seguintes:
- Efeitos da criminalidade
- Ausência do Estado, enquanto mentor de políticas públicas de formação social
- Efeitos da pobreza
- Afrouxamento das posturas repressivas das instituições de segurança e justiça
- Falta de emprego
- Má arbitragem
- Derrota de uma partida de futebol
Em muitas vezes, o torcedor já chega ao estádio com sentimentos de irritabilidade e impotência diante de sua realidade pessoal (uma possível desemprego, que gera uma série de outros problemas dentro de sua família, desencadeando uma estafa pessoal) e usa da liberdade que lhe é atribuída no meio da torcida como uma forma de desabafo, ocasionando as diversas desavenças que levam a possíveis agressões físicas entre as torcidas.
Uma das mais famosas torcidas organizadas que praticam extrema violência são os Hooligans, grupos de torcedores de eventos esportivos que existem na Europa (Inglaterra, República Tcheca, Polônia, Alemanha e Croácia) desde a década de 70 e que sentem prazer em brigar, usando o futebol como evento alvo para isso. Misturam a paixão por seus clubes com a vontade de cometer vandalismo, estando na maioria das vezes alcoolizados, defendendo ideologias políticas (geralmente de direita e extrema direita). Um exemplo chocante foi a Final da Liga dos Campeões, entre Liverpool e Juventus da Itália, na qual morreram mais de 30 pessoas. Hoje em dia, esse grupo é até mesmo proibido de entrar em alguns países da Europa.
Um repórter, ao final de um jogo, fez a seguinte entrevista com um torcedor que comprova a banalização da violência nos estádios
“Repórter: - Você chegou a bater em alguém?
Torcedor: - Não sei...
Repórter: - Você se defendeu pelo menos?
Torcedor: - Defendi...
Repórter: - O que você acha disso, você gosta?
Torcedor: - Gosto... É só para chegar em casa e ter o prazer de tirar um barato com os meus amigos.
Repórter: - Não importa que alguém morra nisso?
Torcedor: - Não sendo amigo meu, tudo bem.”
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