Julho de 2007 - Nº 06    ISSN 1982-7733
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Museu da Língua Portuguesa - "Clarice Lispector - A Hora da estrela"

Clarice Lispector - Foto: fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/clarice03.gif

 

  

Exposição Temporária

Aberta em abril de 2007, a exposição “Clarice Lispector – A Hora da Estrela” conta com a curadoria de Júlia Peregrino, seleção de textos do poeta Ferreira Gullar e cenografia de Daniela Thomas, além de estar sendo planejada uma grande estrutura que visa contemplar toda a obra da ucraniana que aportou no Brasil em 1922, ainda com dois meses de idade.

Serão expostos objetos museológicos, como as diversas carteiras de identidade da autora além de manuscritos, por exemplo. A obra de Clarice, mesmo após 30 anos de sua morte, continua extremamente atual; um grande marco na literatura universal”, revela o diretor do Museu da Língua, Antonio Carlos Sartini, 47 anos.

“É bonito observar a grandeza de uma palavra quando se pensa na identidade cultural de um país; uma das poucas coisas que, em tempos de Globalização, ainda faz um povo sentir-se pertencente a um mesmo universo. Eu senti isso muito fortemente na exposição do Guimarães e espero sentir agora na da Clarice também”, analisa fascinada a professora de História Walewska Andreoni antes de entrar no prédio da Estação da Luz. “Essa percepção é um dos maiores aprendizados que se pode tirar de uma visita como essa”, completa.

“Sobre a exposição da Clarice: houve muitos pedidos pra que a exposição do Grande Sertão fosse prorrogada, por isso permaneceu até agora. Na verdade, a nova escolha foi feita pelo ‘Instituto Brasil Leitor’, que também é parceiro do Governo do Estado por meio da Secretaria da Cultura”, revela Jarbas Montovanini, Gerente Regional da Fundação Roberto Marinho.

A mostra “Clarice Lispector – A Hora da Estrela”, orçada em R$ 400.000,00 deve permanecer exposta por quatro meses quando, então, seguirá para o Rio de Janeiro em local ainda a ser definido.

Segundo a professora de literatura e tradutora Silvia Cristina Martins, 43 anos, a escolha de Lispector é oportuna: “Clarice foi uma grande mulher e merece essa homenagem. Meu primeiro contato com ela veio pela leitura do conto ‘Feliz Aniversário’. Fiquei espantada! Ela traz características que simplesmente reforçam aquilo o que vivemos: uma sociedade que se utiliza de um processo de aprisionamento das pessoas”. Silvia comemora a exposição do Museu da Língua e conta curiosidades sobre Clarice: “Como mulher, era uma incógnita. Muitos diziam ser antipática. Haja vista a única entrevista que deu na TV Cultura. No entanto, o que fica é sua grandiosa obra. Que venham seus personagens solitários, angustiados e ansiosos por chegarem ao silêncio. Parece triste, mas alguém precisa nos despertar”. Segundo a professora, ninguém fez isso tão bem quanto Lispector.

Já Sartini complementa: “A mostra não ficará presa às paredes do Museu e todo um material de apoio está em preparo para auxiliar os professores em sala de aula.

 

Thiago Sogayar Bechara

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