Julho de 2007 - Nº 06    ISSN 1982-7733
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O apanhador no campo de centeio

Autor: J.D. Salinger
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J.D Salinger, escritor americano nascido em 1919, marcou época e gerações, influenciou movimentos de contracultura, além de despertar a ira nos setores conservadores da sociedade. Por tudo isso, sua obra encontra-se nas prateleiras dos clássicos da literatura universal. Mas o que teria de tão especial? J.D conseguiu alcançar um público até então marginalizado dos processos culturais: os jovens. Sua obra mais importante, O apanhador no campo de centeio, inaugurou a chamada “cultura teen” ao usar a linguagem chula, gírias e tratar de assuntos considerados sórdidos.

O livro descreve um final de semana na vida do conturbado Holden Caulfield, um adolescente de 17 anos, que foi expluso pela terceira vez do colégio. Durante esse tempo, Holden perambula pela cinzenta e cínica Nova Iorque, divagando acerca da vida, das amizades, da relação com seus pais e principalmente sobre seus irmãos: DB, um escritor e roteirista de Hollywood; Allie, morto precocemente de câncer e Phoebe, irmã mais nova a quem dedica grande cuidado e amor. Nota-se, no decorer da leitura, uma característica paradoxal nos pensamentos da personagem, ao mesmo tempo que tenta ser diferente e diz não se importar com os valores vigentes, nutre um certo conservadorismo em relação a sexo, amor, cinema e Hollywood. É interessante reparar que esse paradoxo representa o conflito típico do jovem: de um lado, o incorfomismo com a cultura adulta e, de outro, a percepção de que certos valores ainda são necessários.

A obra foi lançada em 1951, uma época marcada pelo Pós-Guerra e pela Guerra Fria. A juventude precisava lidar com o perigo de uma guerra nuclear entre os gigantes Estados Unidos e União Soviética e a perda da ilusão que a ciência resolveria todos os descompassos do mundo.

O apanhador no campo de centeio coloca em evidência o desconcerto do jovem em relação a uma cultura que pregava a ordem e a superficialidade das relações humanas. É considerado um clássico, pois suas palavras viraram um hino à rebeldia que trascendeu épocas e assumiu a freqüente contemporaneidade do tema. Exemplo mais marcante de sua importância é o Movimento Beat, parte da contracultura, surgido em meados da década de 1950. Os beats pregavam a vivência extrema da vida, o eterno carpe diem, exatamente a semente plantada no jovem Caulfield. (Preço médio: R$ 34,00)

Fernanda Mattiuz, 22 anos, 3º ano Jornalismo, Mackenzie São Paulo - capital

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