Julho de 2007 - Nº 06    ISSN 1982-7733
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A Revolução do Bichos

Autor: Orwell, George
Editora: Companhia das Letras




 

O meu ponto de partida é sempre um sentimento de partilha, uma noção de injustiça. Quando me sento para escrever um livro, não digo para mim ‘vou produzir uma obra de arte’. Escrevo porque existe alguma mentira para ser denunciada, algum fato para qual quero chamar atenção, e acredito sempre que vou encontrar quem me ouça. Mas não seria capaz de escrever um livro ou um longo artigo de revista se não existisse nisso também uma experiência estética.”

Essas são palavras do escritor inglês Eric Arthur Blair, conhecido como George Orwell, acerca de sua produção literária.

Nascido nas Índias britânicas, Orwell sempre foi um fervoroso defensor da igualdade  e da justiça e, por esta razão, filiou-se ao Partido Socialista e lutou ao lado de trabalhadores operários – participou da Guerra Civil Espanhola ao lado do Partido Operário de Unificação Marxista. A liberdade de pensamento, a igualdade de oportunidades e a justiça para todos sempre foram pressupostos de sua luta e conseqüentemente de sua obra.

O escritor tinha uma visão política peculiar, analisava a vida pública com olhos críticos, sem qualquer tipo de partidarismo. Prova desta característica é a desvinculação do Partido Socialista e a decepção com a Revolução Russa e os demais processos que levariam o socialismo ao poder.

Este sentimento de traição levou Orwell a escrever A revolução dos bichos, uma fábula que tem como cenário uma fazenda, em que os animais são brutalmente maltratados, mal alimentados e subjugados pelos humanos com crueldade cega. Assim, os bichos liderados pelos porcos – animais mais intelectualizados – organizam uma revolução para expulsar os homens e assumirem o controle total dos bens de produção da fazenda. Contudo, o que era uma promessa de igualdade e fraternidade, tornou-se uma mera substituição de papéis, em que os porcos, líderes e arquitetos da Revolução assumem as características dos homens e, pior do que os humanos, usam a mentira, a propaganda e a censura como ferramentas de sustentação do governo.

A obra é uma metáfora do rumo que a Revolução Russa tomou depois que Stalin assumiu o governo e personifica nos porcos a relação doentia do homem com o poder e a sua manutenção à custa do trabalho, do esforço e da confiança do restante da população. Pode-se ver que a história do livro continua atual. (Preço médio: R$ 18,00)

Fernanda Mattiuz, 22 anos, 5º semestre de Jornalismo- Mackenzie, São Paulo - capital

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