Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Zuzu Angel

Está em cartaz desde o inicio do mês de agosto, o tão esperado Zuzu Angel de Sérgio Rezende com produção de Joaquim Vaz de Carvalho.

O filme, que reconta a história verídica da estilista mineira, da cidade de Curvelo, traz como protagonistas a atriz Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira, no papel de seu filho, Stuart Angel, preso, torturado e morto pela ditadura militar em 1971.

É em torno desse fato que Zuzu dedica boa parte de sua vida, lutando para descobrir os assassinos de seu filho. Uma verdadeira saga, refletida em sua moda irreverente e numa personalidade forte, cheia de marcas de destemor e, sobretudo, de muita doçura.

O filme comove em muitos momentos com cenas inesquecíveis e dá o tom de como eram duros os anos de chumbo vividos pelo Brasil no inicio dos anos 1960 até meados dos 1980. É incrível vermos a que ponto chega a obstinação de uma mulher para honrar a morte de seu filho.


Leandra Leal, Luana Piovani e Elke Maravilha são (apenas) alguns bons exemplos do ótimo elenco escalado para a trama, e a interpretação de Patrícia Pillar, impecável, revela o resultado de seus estudos de corte e costura, das conversas com Hildegard Angel, filha de Zuzu, da análise de periódicos da época, etc. “Sérgio me ligou e perguntou se era da casa da Zuzu” brinca Patrícia ao contar como surgiu o convite para encarnar a famosa estilista.

As gravações do filme duraram dois anos de intenso trabalho e pesquisa para retratar com fidelidade, a época e a vida da guerreira que foi Zuzu Angel.

Com uma trilha sonora de alta qualidade e preciso acerto na escolha do repertório, em que conferimos, por exemplo, Dê um Role de Moraes e Galvão, clássico de Gal Costa, curiosamente gravado em 1971 (ano da morte de Stuart) e aqui interpretado por Pedro Luis e a Parede e Roberta Sá, além da inesquecível Angélica de Chico Buarque feita para Zuzu, em que diz “quem é essa mulher que canta sempre o mesmo estribilho. Só queria embalar meu filho. Na escuridão do mar”. Stuart teria sido jogado no mar, após ser assassinado. Depois de muito hesitar em por essa canção, felizmente Sérgio parece ter feito a opção correta.
Zuzu Angel, nos cinemas, para quem queira conferir.

Maiores informações:
http://wwws.br.warnerbros.com/zuzuangel/


Thiago Sogayar Bechara
20/08/2006


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VOCÊ SABIA?

O Documentário como forma de expressão

A Câmera está a serviço dos movimentos, sentimentos e acontecimentos e a serviço da história que será contada.

Exercitar o olhar com o uso da câmera é uma forma de entender e captar as imagens. Transmitir uma imagem limpa, clara e objetiva é muito importante e pode garantir o sucesso de uma produção.
O que não falta nas grandes metrópoles são os movimentos de carros, luzes e principalmente de pessoas. Exercitar o olhar é muito mais que filmar, é captar e cristalizar o grande movimento das grandes metrópoles.

Captar as imagens com verossimilhança e arte é possível, mas é preciso tomar alguns cuidados básicos, como por exemplo, escolher um talentoso operador de câmera, uma boa camcorder (filmadora) e até mesmo prestar atenção nas lentes que serão utilizadas.

A palavra Documentário datada do Séc. XX, originada do latim documentum, demonstra em sua própria etimologia o compromisso com a verdade. O documentário costuma ter sentido educacional e social. Há uma pluralidade de assuntos a serem abordados: pessoas, lugares, objetos, culturas...

A criatividade em relação à forma de contar essa “verdade” não tem limites. Com o passar do tempo você vai perceber a formação de uma linguagem. Esta linguagem é composta por vários elementos, alguns determinantes: roteiro, ângulos, planos de enquadramento, equipamentos utilizados para a captação das imagens e do áudio, trilha, efeitos de som e de edição.
Utilize todas as ferramentas e possibilidades e aproveite a sétima arte.

Nota - SÉTIMA ARTE, utilizada para designar o cinema, foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.

Carlos Eduardo dos Santos, 25 anos, Cineasta carlos.cine@superig.com.br

 
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