Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
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Filmes da Mostra - C.R.A.Z.Y. e Os Estados Unidos contra John Lennon

O Jornal Jovem publica reportagens sobre a 30º Mostra Internacional de Cinema em São Paulo que acontece no período de 20 de outubro a 2 de novembro. Confira!

Rubens Tietzmann, 40 anos, é natural de Porte Alegre/RS, mora em São Paulo e desde muito jovem cultiva seu interesse pelo cinema. Já participou de vários cursos e seminários ministrados por Ricardo Rizek, Sérgio Rizzo e Cleber Eduardo. Cursou 2 anos de cinema da FAAP (90/91). É autodidata e seu foco é o cinema noir americano.

Rubens Tietzmann 21.10.06


C.R.A.Z.Y. de Jean-Marc Vallée (127'). Falado em francês. Legendas em português. Indicado para: 16 anos.

Zach é um garoto nascido em uma família suburbana e numerosa em Quebec, Canadá, que fica tentando entender por que é diferente de seus irmãos. Clima familiar bastante nostálgico, o filme atravessa os anos 70 e parte dos anos 80 perído. Zach passa sua juventude querendo agradar ao pai e ao mesmo tempo tentando negar sua homossexualidade. Ele só quer ser igual a todo mundo, mas nasceu no dia no menino Jesus e uma curandeira anunciou que ele possui um dom especial. Zach acredita que, assim como Jesus, possui uma missão. Sua mãe tem certeza disso e é sua cúmplice incondicional. Ele a ama, mas é ao pai que dedica verdadeira adoração.
O diretor procura sempre situar os encontros familiares nas noites de Natal, já que coincidem com o aniversário do protagonista.

A trilha sonora regada a David Bowie, Rolling Stones e Pink Floyd é um charme à parte. O filme tem menos o tom de uma fábula e mais o jeito de lembranças queridas que com o tempo aprendemos a valorizar cada vez mais.
Zach quer respirar a normalidade, com efeito ele é asmático e precisa do auxílio de uma bomba de ar. Não quer ser o Messias, não quer ser gay, não quer ser diferente, não quer “beber desse cálice” e ainda precisa do amor e reconhecimento do pai.
O diretor Jean Marc Valle nos conta um drama familiar com as mesmas angústias que sentimos na fase de transição para uma vida adulta, no momento em que tentamos descobrir quem somos.

Os Estados Unidos Contra John Lennon (The U.S. vs. John Lennon), de David Leaf, John Scheinfeld (99'). Falado em inglês. Legendas eletrônicas em português. Indicado para: Livre.

Você sabia que John Lennon só consegui o green card americano quatro anos antes de morrer?
Nesse documentário de David Leaf , vemos o ex-Beatle no seu momento mais ativista na luta pela paz que coincide com a sua declaração de amor a Nova York, lugar onde quis viver ao lado de sua família. Acompanhamos as intrigas do governo Nixon, as tentativas do FBI em deportar Lennon e Yoko. O filme emociona.
Levando em consideração o distanciamento histórico, a cruzada de Lennon pela paz pode soar ingênua mas nos faz enxergar como hoje vivemos num mundo extremamente cínico e doente.

Confira a programação completa no site da Mostra: www.mostra.org

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VOCÊ SABIA?

O Documentário como forma de expressão

A Câmera está a serviço dos movimentos, sentimentos e acontecimentos e a serviço da história que será contada.

Exercitar o olhar com o uso da câmera é uma forma de entender e captar as imagens. Transmitir uma imagem limpa, clara e objetiva é muito importante e pode garantir o sucesso de uma produção.
O que não falta nas grandes metrópoles são os movimentos de carros, luzes e principalmente de pessoas. Exercitar o olhar é muito mais que filmar, é captar e cristalizar o grande movimento das grandes metrópoles.

Captar as imagens com verossimilhança e arte é possível, mas é preciso tomar alguns cuidados básicos, como por exemplo, escolher um talentoso operador de câmera, uma boa camcorder (filmadora) e até mesmo prestar atenção nas lentes que serão utilizadas.

A palavra Documentário datada do Séc. XX, originada do latim documentum, demonstra em sua própria etimologia o compromisso com a verdade. O documentário costuma ter sentido educacional e social. Há uma pluralidade de assuntos a serem abordados: pessoas, lugares, objetos, culturas...

A criatividade em relação à forma de contar essa “verdade” não tem limites. Com o passar do tempo você vai perceber a formação de uma linguagem. Esta linguagem é composta por vários elementos, alguns determinantes: roteiro, ângulos, planos de enquadramento, equipamentos utilizados para a captação das imagens e do áudio, trilha, efeitos de som e de edição.
Utilize todas as ferramentas e possibilidades e aproveite a sétima arte.

Nota - SÉTIMA ARTE, utilizada para designar o cinema, foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.

Carlos Eduardo dos Santos, 25 anos, Cineasta carlos.cine@superig.com.br

 
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