Dezembro de 2006- Nº 04    ISSN 1982-7733
Aqui você é o repórter
Dicas para escrever
Sua vez, sua voz
Fale conosco
Tema da hora
Reportagens
Especial Política
Artigos e links sugeridos
Convidado da Hora
Seção livre
Palavra aberta
Esporte
Som na caixa
HQ e charge
Viagens
Intercâmbio
Poesia
Crônica
Cinema
Livros, CDs e DVDs
Especial
Poeta Homenageado
Exceção
Participe da enquete
Todas as edições do JJ
Escola
Como participar
Divulgação de eventos
 

O Diabo veste Prada

Matéria enviada por Cremilda Aguiar
18 anos, 4° Jornalismo-Mackenzie
São Paulo - capital

O filme inspirado no livro homônimo de Lauren Weisberg estreou no Brasil no dia 22 de setembro em torno de muita expectativa, já que é uma das maiores surpresas do ano em termos de bilheteria: arrecadou até agora cerca de 125 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos.

Lauren Weisberg trabalhou durante um ano como assistente de Anne Wintour, poderosa editora da “Vogue” americana e famosa pela excentricidade e arrogância. Após a experiência, a jornalista resolveu contar em livro todas as agruras por que passou. O livro foi lançado em 2003 e esteve vários meses entre os best-sellers das livrarias americanas e agora voltou ao topo por conta da repercussão do filme.

À David Frankel coube a tarefa árdua de adaptar o livro. Com ele também ficou a responsabilidade da escolha do elenco. Quem interpretaria com competência a temida editora da “Vogue” sem parecer caricata ou intimidada? Simplesmente Meryl Streep. A atriz é o grande trunfo da produção que retrata o mundo da moda com requinte e sofisticação.

O figurino milionário – algo em torno de um milhão de dólares – foi uma das primeiras limitações encontradas pelos produtores que dispunham de modestos ( para os padrões hollywoodianos ) 35 milhões de dólares para fazer o filme. Mas foi por meio da permuta que conseguiram trazer marcas consagradas como Valentino, Channel e Versace. Outras tantas preferiram não colaborar temendo possíveis represálias de Anne Wintour nas edições da “Vogue”.

No filme, Andy Sachs ( Anne Hathaway ), jornalista recém-formada, sai de Ohio em busca de uma carreira de sucesso em Nova York. Entretanto, o caminho intermediário é tenebroso, já que a mocinha vai parar na redação da revista “Runway” ( a “Vogue” fictícia ) tendo que enfrentar a implacável Miranda Priestly ( Meryl Streep ). Andy, que até então menosprezava o mundo da moda, tem que conviver com bolsas, vestidos, sapatos e, principalmente, os acessórios tão imprescindíveis à vida fashion.
Aos poucos, ela começa a perceber que o emprego dos sonhos é um inferno. Em vez de jornalista, Andy passa a exercer o papel de capacho de Miranda tendo que acatar os seus pedidos mais esdrúxulos como encontrar uma edição inédita de “Harry Potter” para suas filhas gêmeas e conseguir um avião em meio a uma tempestade para que Miranda saia de Miami e chegue a Nova York a tempo de assistir a uma apresentação escolar das filhas.
Não fosse suficiente, Andy ainda tem que administrar as cobranças do namorado e dos amigos que reclamam da sua ausência e do seu afinco e devoção exagerados ao trabalho. E outra: ela que, até então, dizia-se avessa a futilidades, passa por uma transformação incrível que a deixa mais simpática a esse mundinho. Assim, Andy começa a perceber que de fútil a moda não tem nada e é tão importante quanto qualquer outro setor da economia.
O final é previsível e a trilha sonora um tanto quanto óbvia, marcada aqui por “Vogue” de Madonna, dentre outras.

O que realmente impressiona no filme é a capacidade que Meryl Streep tem de explorar todos os seus recursos interpretativos em uma personagem que, se parasse em mãos menos hábeis correria o risco de se tornar intragável. Pelo contrário, no alto de toda a sua arrogância, Miranda consegue cativar o público.

Meryl, que recebeu 5 milhões de dólares ( algo em torno de R$ 11 milhões ) para fazer o filme, consegue fazer da personagem uma megera sem, contudo, enveredar pelo lugar comum do discurso inflamado e das expressões exageradas. Ela é sutil tanto na fala – sempre muito doce e quase inaudível – quanto nos trejeitos econômicos, mas precisos. A atriz, que já é a recordista de indicações ao Oscar, teve a performance elogiadíssima pela crítica que já aposta em mais uma nomeação ao Oscar de Melhor Atriz em 2007, com chances reais de vitória.

Anne Hathaway também se destaca no papel de Andy Sachs, bem como a novata Emily Blunt como Emily, a primeira assistente de Miranda. Mas o filme é mesmo de Meryl Streep e todo o sucesso também se deve a ela. No Brasil, cerca de um milhão de pessoas já assistiram a “O Diabo Veste Prada”, em pouco mais de três semanas de exibição. O filme também lidera as bilheterias mundiais no momento seguido por “As Torres Gêmeas”, com Nicolas Cage, e “Click”, de Adam Sandler.

-Fotos do filme: O ano em que meus pais saíram de férias

Filmes da 30°Mostra - Mais dicas

-Filmes da 30°Mostra - C.R.A.Z.Y. e Os EUA contra Lennon

-30° Mostra Internacional de Cinema/SP - Dicas

-O Diabo veste Prada

- Zuzu Angel

- Superman - O Retorno

- Vem Dançar

 

 

 

VOCÊ SABIA?

O Documentário como forma de expressão

A Câmera está a serviço dos movimentos, sentimentos e acontecimentos e a serviço da história que será contada.

Exercitar o olhar com o uso da câmera é uma forma de entender e captar as imagens. Transmitir uma imagem limpa, clara e objetiva é muito importante e pode garantir o sucesso de uma produção.
O que não falta nas grandes metrópoles são os movimentos de carros, luzes e principalmente de pessoas. Exercitar o olhar é muito mais que filmar, é captar e cristalizar o grande movimento das grandes metrópoles.

Captar as imagens com verossimilhança e arte é possível, mas é preciso tomar alguns cuidados básicos, como por exemplo, escolher um talentoso operador de câmera, uma boa camcorder (filmadora) e até mesmo prestar atenção nas lentes que serão utilizadas.

A palavra Documentário datada do Séc. XX, originada do latim documentum, demonstra em sua própria etimologia o compromisso com a verdade. O documentário costuma ter sentido educacional e social. Há uma pluralidade de assuntos a serem abordados: pessoas, lugares, objetos, culturas...

A criatividade em relação à forma de contar essa “verdade” não tem limites. Com o passar do tempo você vai perceber a formação de uma linguagem. Esta linguagem é composta por vários elementos, alguns determinantes: roteiro, ângulos, planos de enquadramento, equipamentos utilizados para a captação das imagens e do áudio, trilha, efeitos de som e de edição.
Utilize todas as ferramentas e possibilidades e aproveite a sétima arte.

Nota - SÉTIMA ARTE, utilizada para designar o cinema, foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.

Carlos Eduardo dos Santos, 25 anos, Cineasta carlos.cine@superig.com.br

 
Conheça o portfólio