Bruna Gomes da Silva
20 anos,5º semestre de Jornalismo, Mackenzie
São Paulo - capital
Vivemos em uma sociedade em que se tornou muito fácil a exposição de idéias. Basta criar um blog, uma comunidade no site de relacionamento do Orkut - ou qualquer meio parecido – para publicar textos ou idéias em que o escritor, o editor e o órgão censor é a própria pessoa que escreveu.
Essa liberdade, facilidade e rapidez que a tecnologia proporcionou e continua proporcionando abre espaço para abusos. Vários casos já foram encontrados, mas ainda é muito fraco o modo como esses abusos são reprimidos.
Recentemente, na cidade de Canhotinho em Pernambuco - que tem cerca de 25 mil habitantes e um provedor de banda larga – uma comunidade foi criada no Orkut e nela, as garotas da cidade eram chamadas de prostitutas. O juiz da Comarca contatou o provedor de acesso local e o site foi tirado do ar na cidade. Para resolver este problema, o Ministério Público determinou o bloqueio do site por 8 dias, o Google no Rio de Janeiro será intimado para que se retire do ar a comunidade e a Polícia Federal também investigará a questão, já que, segundo o promotor, é um crime internacional porque as fotos podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo.
Apesar de não terem conseguido julgar os culpados pela criação da comunidade, a suspensão da página na Internet foi o meio encontrado para contornar o problema.
O avanço da tecnologia é extremamente rápido e as leis não conseguem acompanhar esse dinamismo. Elas surgem de reflexões sociais que demandam tempo e depois passam por uma série de etapas até entrarem em vigor, enquanto isso, o mundo virtual se torna uma “terra sem lei” em que pessoas sem nome e sem rosto podem se manifestar sem pensar nas conseqüências de seus atos.
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