Silvia
Kuntz
23 anos, jornalista esportiva
São Paulo - capital
Enviado
em 01/07/2006
Há 8 anos, isso não foi justo, mas dessa vez
sim, a derrota foi merecida! Por mais que doa o coração
afirmar isso. Nunca vi um jogo do Brasil tão parado
para o nosso lado. Os nossos rivais fizeram o que bem entenderam.
Demos a eles mais espaço do que precisavam. Tínhamos
a esperança de “acertar os ponteiros”
com a seleção francesa, pela derrota suspeita
que sofremos em 1998, na final do mundial, mas a desilusão
se repetiu.
A
defesa verde e amarela brilhou uma vez mais. Criticada até
a última Copa, a zaga fez seu papel direitinho. Lúcio
quase escapou de fazer faltas no campeonato, Juan salvou
várias vezes... Dida só tomou dois gols. Mas
o ataque deixou a desejar. E nem foi por culpa dos jogadores...
Claro
que todo mundo tem seus momentos ruins e o direito de errar,
já sabemos que ninguém é perfeito.
Aliás, é por isso que existem os reservas.
Pensei que todos os técnicos soubessem disso, até
esperar impacientemente alguma atitude de Parreira... E
só ver isso acontecer faltando 15 minutos para a
confirmação do triunfo adversário!
No
final do primeiro tempo, qualquer torcedor enxergou que,
do jeito que o time estava jogando, jamais venceríamos
a partida. A única pessoa que não percebeu
foi exatamente quem tem o poder de trocar os atletas. O
intervalo era o momento perfeito para fazer as alterações,
mas sua famosa teimosia não deixou.
Se
o Robinho e o Cicinho tivessem jogado 10 minutos a mais,
tenho certeza que sairia um gol! Os dois tinham vontade
de jogar, ao contrário do que os outros demonstraram.
Tivemos mais chances nos últimos minutos do que durante
o segundo tempo todo! Pena que esperança não
faz milagres.
Agradeço
ao Parreira por treinar a Seleção, mas é
difícil perdoar o que ele fez hoje... Se algum técnico
merece esse título para o currículo, apesar
de não precisar dele para provar sua eficiência,
é o Felipão!
Na
próxima Copa, ficamos com o hexa! Afinal, seria chato
demais se ganhássemos todas... Sem rivalidade não
tem graça. Esse mundial serviu, e muito! Nossos jovens
atletas cresceram em experiência, vimos que não
somos absolutos e, o melhor de tudo: a Argentina também
voltou para casa mais cedo! |